Após ser cobrada publicamente pela CBF na noite de domingo, 15, a empresa Hawk-Eye, que opera o sistema do árbitro de vídeo (VAR) no Campeonato Brasileiro, se manifestou sobre a polêmica ocorrida com o equipamento durante o jogo entre Vasco e Internacional, em São Januário, no Rio de Janeiro. O sistema sofreu uma falha no momento do primeiro gol do Inter, aos dez minutos do primeiro tempo, e não foi possível conferir se Rodrigo Dourado estava impedido no momento em que cabeceou para as redes.
De acordo com a Hawk-Eye, o problema foi causado “pelo baixo ângulo das câmeras em conjunto com a sombra se movendo no campo”, o que fez com que fosse necessário “recalibrar o sistema”. Enquanto isso era feito, saiu o gol de Rodrigo Dourado, que não pôde ser checado pelo VAR e, portanto, foi mantida a decisão de campo do árbitro e do auxiliar, de que o gol foi válido.
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“Embora seja uma ocorrência muito incomum no software, a equipe operacional imediatamente seguiu o procedimento para recalibrar o sistema, o que foi concluído em poucos minutos. Infelizmente, esse processo não havia sido concluído quando a revisão foi solicitada e as linhas (de impedimento) não estavam disponíveis para uso”, explicou a empresa.
A situação revoltou o Vasco, que promete acionar o Superior de Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para pedir a anulação da partida. Segundo o clube, foi pedido que uma câmera da TV oficial do clube fosse retirada do terço final do campo, com a justificativa de impedir que imagens conflitantes entre as registradas por ela e as registradas pelas do VAR, além do problema ocorrido com o ‘descalibramento’ posteriormente.
A CBF, no entanto, rejeitou a possibilidade de declarar o resultado da partida como nulo, de sua parte – o caso ainda será analisado pelo STJD. Para a entidade, apesar da demora e da pane do sistema, a decisão tomada pela arbitragem de validar o gol foi correta, o que foi verificado quando o VAR voltou a funcionar.
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“O sistema estava totalmente operacional no início da partida e imediatamente após a recalibração. A tecnologia Hawk-Eye e nossos operadores cumprem os mais altos padrões de qualidade, no entanto, situações como essa nos inspiram a sempre nos dedicarmos no sentido do aprendizado e da inovação”, disse a empresa, no mesmo comunicado.
A Hawk-Eye ainda se desculpou pela falha. “A Hawk-Eye gostaria de pedir desculpas à CBF e aos torcedores de futebol em geral por este inconveniente, e garantir que temos o compromisso de inovar continuamente e aprimorar a tecnologia para tornar todos os esportes, inclusive o grande jogo de futebol, uma experiência mais justa e mais emocionante.”
O pedido do Vasco tem poucas chances de prosperar. O regulamento da CBF diz que “quando houver qualquer problema técnico ou lance inconclusivo no VAR, prevalecerá a decisão de campo”, que foi o que aconteceu em São Januário neste domingo.
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