Empreender é fazer diferente, sair na frente, pensar no que poucos pensaram e entender o que o mercado precisa. Ser autônomo não é ser empreendedor e sabemos que as grandes empresas movimentam o PIB, mas as pequenas e médias movimentam a força de trabalho de um país, um dos grandes recursos do futuro.
Há décadas, empreender era ter um negócio, ser livre de patrão e de horário. Sonho de muitos, frustração de outros tantos. Quatro de cada cinco negócios quebravam, porque empreender exige habilidades específicas e raras, e é diferente da atuação dentro de uma empresa tradicional ou uma organização.
No século 21, empreender foi além. Em tempo do polêmico metaverso, significa ir muito além.
Empreender passou a ser buscar iniciativas que tragam soluções para as crises e os problemas sociais, usando a tecnologia como alavanca e modelos de negócio mais enxutos, com alto poder de escalabilidade. Abrir um negócio hoje é mais fácil do que há 20 anos, mas bem mais sofisticado.
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A globalização vem sendo transformada e é possível que, no futuro, tenhamos pequenos ecossistemas se autogerenciando e extrapolando serviços e produtos para além do território geográfico. A logística do planeta está em transformação e, com a pandemia e a guerra da Ucrânia, vimos que não podemos mais depender de insumos distantes para manter a vida e a produção do dia a dia. A pandemia acelerou a mudança e a guerra encurtou o caminho que talvez levasse anos.
A inovação está acelerada desde 2016 e todos os segmentos tiveram que mergulhar no assunto, adaptar rotinas, processos e cultura para sobreviver. Muitos ainda estão atrasados na digitalização dos negócios, mas qual é a próxima etapa? Onde estão as oportunidades a partir de agora? No longo prazo e na antecipação de criar o que ainda não existe e solucionar problemas antes que eles se manifestem.
Difícil de entender para alguns, sedutor para outros, como eu, que lanço este mês uma empresa de modelo avançado – já é case de estudo antes de ser lançada. Foco em propósito, senso de relevância, ousadia, experiência do cliente, colaboração, rede, sustentabilidade, diversidade e alto compromisso com o mundo do futuro, esses são os ingredientes chave para o sucesso do empreendedorismo no século 21.
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Sustentabilidade começa por identidade e a forma como tratamos pessoas. Muito além de letrinhas, como ESG, a transição do mundo para o formato “verde” exige compromisso diário com tudo. Em 2030, não receberão investimentos nem terão boa reputação empresas que não se engajarem com o meio ambiente, com os problemas sociais e com a governança, que começa com a forma como tratamos as pessoas que trabalham em nossos negócios. Jornada de quatro dias, autogestão, liberdade com responsabilidade, co-criação e crescimento coletivo são assuntos que permeiam 2022 e ganham tração em 2023. As empresas serão cada vez mais descentralizadas e empreender passou a ser mudar o mundo, nada menos do que isso.
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