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Empreendedores gaúchos apostam na recuperação após enchentes

Foto: Rafaelly Machado

Aumentar vendas (59%), equilibrar finanças (58%), reconstruir o negócio (45%) e busca por crédito (44%) são as prioridades dos empreendedores entrevistados pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/RS). Os dados fazem parte da 37ª Pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios, realizada entre os dias 2 e 31 de julho. O estudo buscou identificar como está a recuperação dos micro e pequenos empreendedores, seu desempenho, principais necessidades e perspectivas para o próximo bimestre.

Foram ouvidos 597 empreendedores e o nível de confiança é de 95%, com margem de erro de 3%. A apuração envolveu coleta e análise de números através de questionário estruturado para quantificar relações de monitoramento e tendência.

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“Nossa pesquisa mostra que a fase mais aguda após os alagamentos de maio foi relativamente superada. Esses dados demonstram de forma clara alguns caminhos que podem ajudar neste momento e trazem subsídios para estratégias e soluções assertivas. É latente a necessidade de fortalecer os pequenos negócios, que é o setor que vai impulsionar mais rapidamente a economia”, comenta Ariel Fernando Berti, diretor-superintendente do Sebrae/RS.

Sobre o impacto dos eventos climáticos nos pequenos negócios, 90% dos entrevistados revelaram que foram afetados de alguma maneira. Destes, 36% relataram danos em parte de suas estruturas. 28% não sofreram danos estruturais, mas enfrentaram paralisações devido à ausência de colaboradores, escassez de matéria-prima, dificuldades de acesso ao local de trabalho, entre outros obstáculos.

Por outro lado, 26% apontaram uma completa destruição das suas instalações. Apenas 10% afirmaram não ter sido impactados. Referente à atual situação dos negócios, 75% das empresas já estão operando desde julho. Apenas 23% não haviam retornado. 2% dos pesquisados admitiram o encerramento total da operação.

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Redução do faturamento no último bimestre foi um processo apontado por 86% dos respondentes da pesquisa. Para 60% deles, a queda foi superior a 40%. Para 90%, os negócios foram afetados de alguma maneira pelos eventos climáticos.

A pesquisa apontou ainda que 46% dos entrevistados procuraram financiamento para seus negócios, 34% já conseguiram e 13% estão em processo de análise. O valor médio obtido foi de R$ 92,7 mil por empresa.

Os principais motivos para buscar financiamento foram o pagamento de contas (62%), reformas e obras civis (49%), aquisição de máquinas e equipamentos (45%), compra de estoque (44%), compra de bens duráveis (37%), pagamento de funcionários (34%), pagamento de dívidas (31%) e compra de matéria-prima (23%).

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Expectativa

A pesquisa ainda revelou as expectativas para a economia gaúcha Segundo 62% dos entrevistados, há confiança na melhora do seu ramo de atividade. Já 44% acreditam no incremento da economia do Estado para o próximo bimestre.

60% dos entrevistados têm intenção de manter as atividades nos próximos dois meses, e 31% revelaram que pretendem expandir o negócio. Contudo, 47% preferem manter a situação atual.

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Em relação ao financiamento, 58% dos entrevistados pretendem buscar crédito no próximo bimestre para atender às necessidades de capital de giro, aquisição de máquinas e equipamentos, bem como pagamento de dívidas e inovação.

Resultado

O estudo do Sebrae listou 11 fatores que mais afetaram os negócios no último bimestre, segundo os entrevistados
Falta de recurso financeiro……………………………………………………………………………………….50%
Falta de clientes………………………………………………………………………………………………………..48%
Custos de recuperação da estrutura e de equipamentos……………………….…………………43%
Perda de mercadorias/estoque……………………………………………………………..………………….42%
Problemas na estrutura física da empresa…………………………………………………………………38%
Interrupções na operação…………………………………………………………………………………………..37%
Dificuldade de recebimento de entrega de mercadorias……………………………………………34%
Endividamento do negócio……………………………………………………………………………………..…26%
Alta dos custos de matéria-prima e insumos…………………………………………………………….23%
Falta de matéria-prima e insumos………………………………………………………………………………20%
Ausência de colaboradores impossibilitados de trabalhar…………………………………………15%

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