Em comemoração aos 200 anos de imigração alemã no Rio Grande do Sul e como forma de lembrar os 175 anos da chegada dos colonizadores em Santa Cruz do Sul, a Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Bem Me Quer, no Bairro Independência, apresentou um projeto educativo e cultural que envolve alunos e suas famílias. A iniciativa busca, de maneira lúdica, ensinar os pequenos de 1 a 5 anos sobre a importância desse marco histórico, por meio de uma exposição que resgata a cultura e as tradições trazidas pelos imigrantes.

Segundo a diretora da escola, Denise Beatriz de Carvalho, 51 anos, cada turma ficou responsável por um tema relacionado à imigração. “Famílias de uma turma customizaram em casa bonecos representando os imigrantes no navio. Outra elaborou malas com objetos que simbolizam a cultura alemã, como fotos, canecos e outros itens significativos para cada família.”

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Denise ressaltou que o projeto também envolveu a confecção de quitutes germânicos em massinha de modelar, como cuca, linguiça e chucrute, além da releitura do Monumento ao Imigrante – que fica ao lado da Praça da Cultura, no Centro. Toda a atividade é acompanhada de perto também pela vice-diretora Lidiane Nascimento, 40 anos.

A exposição começou antes do recesso escolar de julho e vai até o dia 16. No dia 17, alguns itens serão levados para a mostra municipal. “As famílias têm acesso ao espaço e podem conferir o trabalho durante o horário de funcionamento da escola. É uma forma lúdica de ensinar os pequenos sobre os 200 anos de imigração alemã”, disse a diretora. 

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As professoras da Turma 6C, Júlia Dala Nora, de 33 anos, e Ânela Henker, 31, comentam a importância de aproximar os alunos da história da imigração alemã. “Percebemos que nem todos tinham essa vivência da cultura. A proposta da mala, que eles confeccionaram com materiais recicláveis, foi uma forma de engajar as famílias, que colocaram na mala algo de ascendência alemã ou significativo para elas. Os alunos se envolveram bastante na atividade e ficaram muito empolgados”, salientou Júlia.

O navio colonial foi feito pela Turma 4A, da professora Simone Unterberger. Ela explicou que cada família recebeu um bilhete e um boneco feito de papel jornal para que fosse transformado em um imigrante. “Fizemos uma rodinha de conversa e falamos sobre o sonho de uma vida melhor que moveu os imigrantes alemães para o Brasil. Mostramos o quanto era longe a viagem de navio. Também falamos sobre as roupas que eles usavam”, comentou.

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Trabalho cria mundo de imaginação aos alunos

A empolgação dos pequenos também se reflete nos relatos. Nicolas Pietro Dias Schuster, 4 anos, compartilhou o sentimento ao se envolver com a exposição. “Fiquei muito feliz em participar e depois ver os trabalhos que a gente fez. Foi bem legal fazer isso com a família e meus colegas. Eu não conhecia a imigração alemã e agora sei um pouco do assunto.” 

Já Sophia Cortes, 5 anos, destacou a alegria em ver o resultado final. “Eu amei ver todos os trabalhos e nossas malas sobre a história da imigração. Adorei fazer a mala e foi um momento muito legal”, afirmou, mencionando que seu item favorito na exposição é um sapato de madeira (Holzschuh), objeto tradicional da cultura alemã.

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