A qualidade da água que chega às casas dos santa-cruzenses tem sido motivo de preocupação. No entanto, apesar de apresentar cheiro e gosto, o produto não faz mal. Quem garante é o professor e biólogo Eduardo Alexis Lobo Alcayaga. Em entrevista à Rádio Gazeta na manhã desta quarta-feira, 2, ele explicou que a água está apta para consumo.
O gosto e cheiro estranho na água foram atribuídos ao surgimento de algas no Lago Dourado. Segundo Alcayaga, a proliferação destes microorganismos acontece devido ao aumento de nutrientes na água. “A falta de tratamento de esgoto e o uso indiscriminado de fertilizantes na agricultura são fatores que contribuem para isso”, explica. Além disso, ele salienta que o fato de o Lago Dourado ser raso também contribui.
De acordo com o biólogo, o aparecimento de algas acontece com frequência no Guaíba, em Porto Alegre. Segundo ele, para resolver o problema as empresas utilizam carvão ativado, que ajuda a odor e sabor de modo que possa ser consumida. “No entanto, este tratamento tem efetividade de 90%, por isso, a água pode continuar apresentando algumas características”, completa.
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“o tratamento é paliativo. Só tenta retirar odor e cheiro. Na verdade, o problema maior está na contaminação da água por causa do aumento de nutriente”, comenta. Segundo Alcayaga, deveria haver políticas públicas em toda a bacia hidrográfica para evitar que o problema se repita. “Não faz mal tomar água, mesmo com cheiro e gosto, as pessoas podem ficar tranquilas. O tratamento é eficiente. Mas o ideal seria que não tivesse nada”, finaliza.
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