Na última terça-feira, 26 de abril, estiveram participando do programa Giro Regional da Gazeta FM 98.1, a extencionista rural da Emater/RS-Ascar, Maiquieli Roso, o administrador do Presídio Estadual de Sobradinho, Lucas Bernardo Sauzem Rocha e o presidente da Apae, João Antônio Cides. Os participantes estiveram divulgando o projeto “Horta Solidária, uma ação de amor ao próximo”, uma parceria entre a Emater/RS-Ascar, Susepe e Apae de Sobradinho.
Um dos principais objetivos do projeto é produzir alimentos diversificados e escalonados em quantidade suficiente para suprir a necessidade da casa prisional e a doação do excedente às famílias assistidas pela Apae de Sobradinho, em situação de vulnerabilidade social. Conforme a extencionista Maiquiele, o projeto surgiu através de uma parceria com a Emater e o Presídio. Após, a Apae foi chamada para também fazer parte. “A ideia central do projeto é que sejam produzidos e distribuídos semanalmente 20 kits de produtos advindos da horta para a Apae. Cada kit contará com seis itens diferentes”, destaca.
A extensionista salienta ainda que na horta também está ocorrendo um processo de escalonamento de produção e diversificação, para que assim se possa atingir o mínimo dos seis itens por kit, mas podendo chegar até dez ou mais, de acordo com o decorrer da produção.
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Conforme o administrador do Presídio Estadual de Sobradinho, Lucas Bernardo Sauzem Rocha, a Susepe tem o objetivo de socializar o preso. “Fazer com que ele saia um cidadão melhor. Nesse sentido, devido a característica da região, a gente tende muito ao trabalho de horta, utilizando o conhecimento dos apenados. Temos a mão de obra prisional e a boa vontade, juntamente com o conhecimento técnico da Emater. Isso vem dando retorno para a sociedade, através de doações para a Apae, escolas, postos de saúde, entre outros. É uma forma que a gente tem de dar uma retribuição social para a comunidade”, salienta.
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Além do trabalho em um âmbito social realizado pelos apenados, os mesmos ainda recebem a diminuição de suas penas através do serviço prestado. “Esse trabalho faz com que o período de cumprimento de pena passe mais rápido. Além disso, ganham remissão de a cada três dias de trabalho, a diminuição de um dia de pena. Isso para eles é uma grande vantagem, além dessa parte de auxílio à sociedade”, conclui Bernardo.
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Por parte da Apae, o presidente João Antonio Cides ressalta que o projeto é muito importante, tanto para a entidade, quanto para seus colaboradores. “Esse projeto, nesse momento, veio muito a calhar para atender algumas demandas que os colaboradores têm, tanto de equipamentos, sementes, etc”. Conforme Cides, a Apae já recebeu algumas doações do comércio e de entidades locais, tanto em sementes, mudas e equipamentos para o trabalho na horta.
Atualmente seis presos do regime fechado e semiaberto estão trabalhando na horta, sendo fiscalizados pelo responsável pela manutenção do presídio. Hoje no local estão sendo cultivados mandioca, batata doce, alface, rúcula, tempero verde e couve, além de semeaduras de beterraba, cenoura, rabanete, alho, cebola, entre outros.
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