A Emater/RS-Ascar divulgou nesta quinta-feira, 12, seu primeiro levantamento a respeito da intenção de plantio e estimativas iniciais de produção e produtividade da safra de inverno 2016. Os números apontam que haverá redução de 13,11% da área destinada ao trigo no Estado e deverá ser colhida 1,697 milhão de toneladas do grão. Na cevada, a expectativa é de aumento de 14,45% da área total e uma produção de 73,1 mil toneladas. Para a canola também é esperado um aumento de cerca 4% da área de plantio e a colheita de 51,33 mil toneladas.
Apesar de terem colhido uma excelente safra de verão e estarem capitalizados, os agricultores não parecem animados, dando mostras de que deverão reduzir os investimentos no trigo. Há semanas, o mercado dá sinais de pouca movimentação na procura por insumos (principalmente sementes e adubos), indicativos de que para este ano a área a ser plantada deverá ser menor. “Vários fatores contribuem para este cenário, como preços pouco atrativos para o cereal e elevação dos custos de produção, entre outros”, comenta o diretor técnico da Emater/RS, Lino Moura.
Realizada durante a última semana de abril e a primeira de maio, a pesquisa sobre a intenção de plantio para 2016 abrangeu os 240 principais municípios produtores de trigo, que representam 83% da área a ser plantada. Os dados indicam que a área deverá encolher 13,11% em relação ao ano passado, quando foram cultivados 882,57 mil hectares, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Se confirmados os números projetados pela pesquisa da Emater/RS-Ascar, a área cultivada será de 766,9 mil ha.
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Considerando a produtividade média dos últimos anos, que foi de 2.214 kg/ha, a Emater/RS-Ascar projeta uma produção total de 1,697 milhão de toneladas de trigo para o RS, caso as condições meteorológicas sejam favoráveis. “Esta produção seria 21,9% maior do que a do ano passado, quando foi colhido apenas 1,392 milhão de toneladas, de péssima qualidade, justamente pelo clima desfavorável durante a fase reprodutiva e de formação de grão”, explica Moura.
Na cevada, ao contrário do que ocorre no trigo, a área deverá ter um acréscimo de 14,45% em relação ao ano anterior, passando para 40,59 mil ha, contra os 35,46 mil ha plantados na safra passada. Com uma produtividade estimada inicialmente em 1,8 mil kg/ha, a produção chegaria a 73,1 mil toneladas. Uma diferença positiva de 54,45% em relação a 2015, quando foram colhidas 47,4 mil toneladas, segundo o IBGE. O levantamento levou em conta informações de 64 municípios, que representam 80% da área a ser plantada.
A canola é outra cultura que terá um pequeno aumento de área (4%), se comparada ao ano passado, passando de 37,27 mil ha plantados em 2015 para 38,77 mil ha projetados para 2016. A produção poderá chegar a 51,33 mil toneladas, contra 42,98 mil toneladas colhidas na safra passada, o que representa um aumento de 19,43%. Para a canola foram consultados 86 municípios, que representam 83% da área a ser plantada.
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