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Emater e Irga projetam recuperação da safra de verão na temporada 2022/2023

Foto: Alencar da Rosa

Durante a manhã desta terça-feira, 30, na 45ª Expointer, a Emater/RS-Ascar e o Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga) apresentaram a projeção inicial da safra de verão 2022/2023 no Rio Grande do Sul. Após um desfecho muito abaixo do esperado no ano passado, em função da estiagem prolongada que atingiu o Estado, as entidades acreditam em uma safra de recuperação e projetam a colheita de 33,8 milhões de toneladas de grãos.

Carro-chefe da agricultura gaúcha, a produção estimada da soja é de 20,5 milhões de toneladas, 124,41% superior ao resultado obtido em 2021/2022, quando foram colhidas 9,1 milhões de toneladas. A pesquisa foi realizada em 484 dos 497 municípios do Estado. Em relação à área plantada, o incremento deve ser de 2,83%, alta de 6,38 milhões de hectares para 6,56 milhões de hectares. Já a produtividade pode saltar de 24 sacas por hectare para 52 sacas por hectare, um crescimento de 112,68%.

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O otimismo se mantém para o milho. Pouco resistente à falta de chuva, a cultura sofreu quebra expressiva na safra passada e deve recuperar o protagonismo no próximo ciclo. A produção esperada é de 6,1 milhões de toneladas. Isto é, 104,5% a mais do que foi registrado neste ano, cujo total foi de 2,98 milhões de toneladas. A área deve crescer 5,91%, de 785 mil hectares para 831 mil hectares. Já a produtividade pode saltar de 62 sacas por hectare para 122 sacas por hectare, alta de 90,4%.

O arroz, por outro lado, confirmou as previsões feitas ao longo do ano e deve ter a área de cultivo reduzida na ordem dos 10%, caindo de 957 mil hectares em 2021/2022 para 862 mil hectares em 2022/2023. A produção estimada é de 7,1 milhões de toneladas, ante as 7,7 milhões anteriores. A produtividade média, porém, deve reduzir ligeiramente, de 166 para 163 sacas por hectare.

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No total, incluindo também o feijão e o milho para silagem, as entidades esperam que a próxima safra de grãos de verão no Rio Grande do Sul resulte em produção de 33,8 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 69,93% se comparada com o ciclo anterior, no qual foram colhidas 19,8 milhões de toneladas. Em relação às áreas, o aumento será de 1,6%, de 8,16 milhões de hectares para 8,29 milhões de hectares.

Meteorologia

Também esteve presente o meteorologista Flávio Varoni, da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural. Com um sistema de previsão climática próprio, o profissional salientou que a primavera deve ter precipitações e temperaturas dentro da normalidade de maneira geral. O mesmo vale para o verão. Varoni explicou que a presença do fenômeno La Niña será menor e a estação não deve ter nova estiagem prolongada e generalizada como nos últimos anos, mas podem ocorrer situações pontuais e localizadas.

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