A prevenção e a mitigação dos possíveis efeitos de estiagens no futuro são preocupações centrais na atuação da Emater para 2021. Quem assegura é o presidente da empresa, Geraldo Sandri, que visitou Santa Cruz do Sul nessa segunda-feira, 1º. Na companhia de líderes regionais da equipe, ele encontrou-se com a prefeita Helena Hermany, na parte da manhã, e também com a diretoria da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra).
Na Prefeitura, Sandri buscou a aproximação com a nova administração, tendo em vista que a Emater atua há décadas no município. E na Afubra, onde se reuniu com o presidente Benício Albano Werner, o vice-presidente Marco Antonio Dornelles, coordenador geral da Expoagro Afubra; e o secretário Romeu Schneider, também presidente da Câmara Setorial Nacional da Cadeia Produtiva do Tabaco, foi renovado convênio para que técnicos da Emater acompanhem a classificação e a comercialização de tabaco junto às empresas do setor. Esse convênio já existe há mais tempo, e a renovação assegura a continuidade da prestação desse atendimento por parte da empresa de assistência e extensão rural.
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Após essas reuniões, na parte da tarde, Sandri participou ao vivo do programa “Rede Social”, conduzido pelo jornalista Leandro Porto na Rádio Gazeta FM 107,9. Na oportunidade, fez uma avaliação dos efeitos que a falta de chuvas, pelo segundo ano consecutivo, tem tido sobre a produção agrícola gaúcha e, principalmente, no abastecimento das necessidades no meio rural tanto para consumo humano quanto para saciar a sede dos animais.
Natural de São Marcos, na região de Caxias do Sul, aos 55 anos, Sandri preside uma das instituições mais atuantes e que melhor conhece e acompanha a realidade regional em todo o Rio Grande do Sul. A Emater hoje está presente em 100% dos municípios gaúchos, como ressaltou. Seus profissionais trabalham diretamente junto aos pequenos e médios produtores rurais, responsáveis por boa parte da colheita de grãos e de hortigranjeiros, e da produção de carnes, leite e ovos, aquecendo a economia em todas as localidades, independentemente de seu tamanho.
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E justamente pela importância das atividades agrícolas para a economia dos municípios é que Sandri vê como prioridade máxima, a partir de agora, assegurar as reservas de água no meio rural. Num primeiro momento para consumo humano e dos animais, mas também para o crescente investimento em sistemas de irrigação, em especial em hortaliças, para que o produtor fique menos dependente do regime de chuvas e possa controlar melhor o momento de irrigar suas plantações.
É cedo para estimar quebra na safra, diz Sandri
Na visita à Rádio Gazeta, Geraldo Sandri esteve acompanhado da gerente regional da Emater, Lúcia Souza; do gerente adjunto Carlos Corrêa da Rosa, e da assessora de imprensa da Regional Soledade, Carina Venzo Cavalheiro. Essa regional, que abrange Santa Cruz e as localidades próximas, como informaram Lúcia e Carlos Corrêa, totaliza 39 municípios, dos quais 16 na parte alta, no entorno de Soledade, e 23 na parte baixa do Vale do Rio Pardo.
Dentro da própria região, o verão 2020/21 tem apresentado inúmeras peculiaridades em relação ao regime de chuvas. Algumas localidades registram perdas significativas por estiagem, enquanto áreas por vezes próximas testemunharam índices pluviométricos mais normais. O mesmo cenário, advertiu Geraldo Sandri, pode ser verificado em todo o Rio Grande do Sul, com efeitos mais localizados da falta de chuvas. E, na atual temporada, inclusive o impacto da seca seria um pouco menor do que na anterior.
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Essa é uma das razões pelas quais, conforme o presidente da Emater, ainda é muito prematuro estimar uma eventual quebra na safra de grãos. “Houve de fato influência sobre o milho plantado mais cedo, mas sobre as outras culturas, em especial as mais tardias, ainda não se tem dados precisos”, afirmou. “Na soja, por exemplo, a cultura mais relevante atualmente no agronegócio gaúcho, por enquanto é provável que praticamente não se tenha quebra.”
Porém, o presidente da Emater entende ser fundamental, prioritário, que tanto o Estado quanto os próprios municípios adotem uma agenda estruturante no sentido de aumentar as reservas de água no meio rural. “Já temos vários programas em andamento, a que os produtores podem acessar, para a construção de tanques ou açudes, e inclusive para implantar sistemas de irrigação”, frisou.
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E citou que, na atualidade, há mil reservatórios sendo construídos no campo, e que programas como o Segunda Água, o Mais Água, Mais Renda e o Infraestrutura Rural tendem a ser referenciais para toda a realidade rural gaúcha, em todas as regiões.
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