A estiagem que assolou lavouras do Rio Grande Sul, nos últimos meses, prejudicou diversas culturas como soja e milho. No espaço da Emater, dentro do parque da Expoagro Afubra, uma alternativa para manejo e melhor preparação do solo, que visa diminuir perdas com a falta de chuvas, é apresentada ao público. O Assistente Técnico Regional da Emater, Josemar Parise, de 62 anos, demonstra aos agricultores um exemplo real do que pode ser realizado nas lavouras, para diminuir os danos devido à estiagem.
O trabalho foca em descompactar o solo e manter ele poroso, para que a planta consiga ter uma raiz maior e alcançar a parte mais úmida do solo. “Temos que observar como se comporta o sistema radicular das culturas, tanto no solo poroso quanto no compacto, sendo este último, mais comum nas propriedades rurais, em especial das culturas do milho e da soja”, explica.
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A lavoura, no espaço da Emater, apresenta, de forma real, o que acontece nas propriedades rurais. “Aqui não fizemos irrigação artificial, apenas esperamos a chuva acontecer. Já, para que conseguíssemos fazer com que a água penetrasse no solo, realizamos o manejo, um diagnóstico e, em seguida, a descompactação. As raízes do milho atingiram mais de um metro de profundidade, alcançando a área úmida. Com isso, tivemos um resultado positivo”, explicou Parise.
A trincheira para demonstração apresenta o sistema radicular da planta, e percebe-se que as raízes ganharam profundidade, alcançando a área com água. “A cada centímetro de profundidade temos um milímetro de água, ou seja, com um metro de raiz, a planta ganha 100 milímetros de água, como se fosse uma chuva no mês”, elencou.
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Aplicação na propriedade
O Assistente Técnico Regional da Emater deu dicas para quem deseja aplicar esse sistema na propriedade. “O produtor pode abrir uma trincheira, de um metro de profundidade na lavoura, e observar o solo. Então, ele deve iniciar a análise da terra para posterior descompactação”, disse Parise. Outro ponto importante citado pelo técnico, é a aplicação de calcário e nutrientes no solo, após a descompactação. “Isso oferece resistência para a raiz, e facilita a infiltração de água no solo”, finalizou.
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