Produtores do Vale do Rio Pardo começaram o preparo do solo e o plantio de aipim. Porém, parte deles, sobretudo, na região de Venâncio Aires, enfrenta falta de ramas para o plantio. Esse problema leva muitos agricultores a comprá-las de outros lugares, especialmente do Paraná, com risco de usarem cultivares não adequadas para sua região. A informação partiu da Emater/RS-Ascar.
O chefe do escritório da Emater em Venâncio, Vicente Fin, diz que a falta de ramas se deve às geadas, a doenças em algumas áreas e à entrada de novos produtores no cultivo da mandioca (foto). Estes são pessoas que não cultivavam mais aipim, mas retomam o cultivo devido ao bom preço no ano passado. Venâncio Aires é o maior produtor de aipim do Rio Grande do Sul.
Conforme Fin, os agricultores que precisam adquirir ramas precisam ficar atentos. Ele explica que geadas e morte de ramas são registradas há muito tempo no Vale do Rio Pardo e outras áreas, e produtores acabam procurando-as fora do Estado. Com isso, alguns vendedores descobrem onde há ramas e buscam para vender na região. O produtor que precisa, às vezes, compra sem conhecer bem o produto e pode adquirir cultivares inadequadas, com bacteriose ou sem as características desejadas.
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A Emater alerta o agricultor para que só compre ramas de áreas identificadas, isentas de doenças e com o tipo de produto que ele realmente quer. Em Venâncio, o cultivo de aipim ocupa 2,2 mil hectares e 55% dessa área é comercial. Cerca de 800 famílias têm de meio a 10 hectares de mandioca.