Desde setembro de 2022 até janeiro deste ano, mais de 2 milhões de litros de água potável foram levados pelas equipes da Prefeitura a mais de 200 famílias de Venâncio Aires. A demanda se intensificou com o agravamento da estiagem neste verão – a realidade em muitas propriedades é a carência do líquido para necessidades básicas, como consumo humano e higiene, além da falta para os animais.

Assim, equipes da Prefeitura trabalham em três turnos diários, com três caminhões-pipa abastecendo caixas d’água, reservatórios e poços, em todas as localidades. Na última sexta-feira, 27, mais um veículo entrou em operação para atender às demandas.

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Receber a equipe da Patrulha Agrícola é realidade desde setembro para a família de Angélica Mariane Gullich, que mora em Linha Ponte Queimada. O poço artesiano da propriedade, que abastece também a família da cunhada de Angélica, secou. Falta água para tudo nas duas casas.

Com o filho Matheus, de 1 ano e 2 meses, no colo, a dona de casa relata as dificuldades do dia a dia para cozinhar, limpar a residência, tomar banho e também cuidar do filho pequeno. “O Matheus está começando a caminhar, brinca muito pelo chão e acaba se sujando o tempo todo. Fico com pena porque ele ama tomar banho e sempre preciso fazer tudo muito rápido, porque sei que essa água vai faltar para fazer comida para ele”, ressalta Angélica.

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Na tarde da última quinta-feira, 26,quando a equipe da Patrulha Agrícola chegou, veio também um pouco de chuva na localidade de Linha Ponte Queimada. “É bom ver essa água chegando. A gente se acalma um pouco”, diz Angélica. De acordo com o coordenador da Patrulha, Rodrigo Garin, são mais de 20 pedidos diários atendidos pelas equipes.

Áreas mais atingidas

As localidades mais afetadas no interior são Linha Estância Nova, Estância São José, Cerro dos Bois, Ponte Queimada, Linha Coronel Brito, Campo Grande, Rincão de Souza, Taquari Mirim, Vila Mariante, Picada Nova, Picada Mariante, Chafariz, Herval, Vila Palanque, Hansel, Tangerinas, Isabel, Marechal Floriano, Antão, Esperança, Santos Filho, Sexto Regimento, Cipó, Cachoeira, Marmeleiro e Alto Paredão Pires. Além disso, já na área urbana, bairros como Santa Tecla e Gressler também estão entre as regiões que precisam de água dos caminhões-pipa.

Em Linha Marmeleiro, uma das propriedades abastecidas semanalmente pela Prefeitura é a da agricultora Simone Graciela Pinto. Há mais de dois meses com o poço vazio, ela precisa se virar para fazer render a água para tarefas como preparar as refeições da família, limpar a casa, lavar roupas e dar de beber aos animais. Nesse sentido, a família tem a situação agravada pela deficiência visual do pai de Simone, o que o torna dependente.

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Caixas d’água

Outra forma que a Prefeitura tem de ajudar as famílias é com a distribuição de caixas d’água. De acordo com o secretário de Habitação e Desenvolvimento Social, Ricardo Landim, até agora já foram mais de cem reservatórios destinados na cidade e no interior, com capacidade para armazenar de mil até 3 mil litros.

A Prefeitura colocou na última sexta-feira, o quarto caminhão para ajudar no abastecimento das famílias. “A água que entregamos é tratada pela Corsan, mas oferecemos um frasco com hipoclorito de sódio para quem tem os poços de chão. Repassamos as orientações da Secretaria de Saúde para que sejam adicionadas duas gotas para cada litro de água, deixando a solução agir por meia hora para então fazer o consumo”, afirma o coordenador da Patrulha Agrícola, Rodrigo Garin.

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