Há pouco mais de uma semana, Raiane Porto, de apenas 13 anos, nadava em Rio Pardo, quando se afogou. A adolescente era acostumada a se banhar nas proximidades da praça da ponte, perto da ERS–403. No entanto, naquela tarde acabou desaparecendo nas águas do Rio Pardo. Seu corpo foi resgatado cerca de meia hora depois pelos bombeiros. O fim trágico da garota foi o mesmo para outras 12 pessoas, que também morreram afogadas desde dezembro do ano passado, no Vale do Rio Pardo.
O município de Rio Pardo foi o que concentrou o maior número de casos, com três óbitos. Em janeiro, um homem morreu próximo do mesmo lugar onde Raiane se afogou. Em fevereiro, outro adolescente, de apenas 16 anos, também foi vítima no Balneário da Prainha. Do total de mortes na região, nove aconteceram entre dezembro e março, período de temperaturas mais elevadas.
Com a proximidade do verão, os bombeiros orientam os banhistas para que não se tornem novas vítimas. Comandante do Corpo de Bombeiros de Rio Pardo, o tenente Dimas Gottardo sabe que, mesmo com os alertas, haverá novos casos até o fim do período de veraneio. “A gente sabe que vai morrer mais gente. Mas temos que orientar as pessoas para tentar evitar isso ao máximo.”
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O rio que concentra o maior número de registros é o Pardo, com cinco mortes. O que muitos banhistas não levam em conta, alerta Gottardo, é que os rios mudam seu leito frequentemente, o que altera a profundidade e pode oferecer novos riscos. Ao se banhar em áreas como rios, açudes e lagoas, é preciso avaliar o local e verificar se há pedras, galhos ou troncos submersos que possam causar uma lesão ou deixar a pessoa presa.
Os que mais morrem são homens. Das 13 vítimas, três eram mulheres. Jovens também estão entre os mortos: quatro tinham até 18 anos. Foi o caso de Jardel Lopes, que faleceu em dezembro de 2015, em Candelária. O município ocupa o segundo lugar ao lado de Santa Cruz, com dois casos cada. Os demais aconteceram em Vera Cruz, Ibarama, Passo do Sobrado, Salto do Jacuí, Segredo e Pantano Grande.
ALGUNS CASOS
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Rio Pardo
Raiane Porto, de 13 anos, desapareceu nas águas do Rio Pardo na sexta-feira, 2 de dezembro. A garota estaria acompanhada de outros dois amigos. Ela nadava próximo da Praça da Ponte. A menina morava nas proximidades de onde se afogou.
Pantano Grande
O jovem Djunior Ferreira Lopes, de 18 anos, estava pescando com amigos em um açude perto de Vila Rio Grandino, nas margens da BR–471, em 5 de novembro. O rapaz caiu na água e desapareceu. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu.
Candelária
Jardel Lopes, de 16 anos, banhava-se junto com um amigo em Linha do Rio, no Rio Pardo, quando desapareceu nas águas em 7 de dezembro de 2015. O corpo foi localizado no dia seguinte. O jovem residia em Linha do Rio.
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Operação Golfinho
Com a chegada do verão, os balneários da região passam a contar com a presença de salva-vidas. O treinamento dos profissionais que vão atuar no Vale do Rio Pardo é realizado em Cachoeira do Sul. Segundo o comando do 6º Batalhão de Bombeiros Militar (BBM), haverá efetivo nos balneários Santa Vitória, Ingazeiros e Porto Ferreira, de Rio Pardo, no Praia Nova, de Cachoeira do Sul, e no Monte Alegre, em Vale Verde. Cada guarita deve ter, no mínimo, dois salva-vidas.
O QUE FAZER
Algumas dicas simples podem ajudar a evitar um afogamento. Confira:
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Como prevenir
Com crianças
Na água
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Se estiver em perigo
Em afogamentos
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