Dos 100 projetos selecionados para a Feira de Ciências – Inovação e Sustentabilidade, promovida pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), em parceria com a 6ª Coordenadoria Regional de Educação e com apoio do CNPq e MCIT, 95 foram apresentados de forma remota entre quarta, 20, e sexta-feira, 22. Eles vieram de 48 escolas estaduais de 17 municípios da região, além de duas escolas municipais e uma particular. Conforme a coordenadora do evento, Cláudia Mendes Mählmann, foi um ótimo resultado. “Superou as expectativas quanto ao número de apresentações, uma vez que havia a possibilidade de menos trabalhos serem apresentados em vista de dificuldades com o acesso à internet e de disponibilidade de horário”.
Ela considera que, pelo fato de as apresentações terem sido realizadas todas no remoto, possibilitou aos alunos o acesso a partir de casa ou das escolas, enfim de onde estivessem. Contudo, esse método também trouxe algumas dificuldades porque, em algumas localidades, o sinal da internet é muito fraco e as apresentações não conseguiram ser realizadas conforme o esperado. “Isso envolveu mais tempo, além do previsto, porque o sinal da internet não se mantinha constante, impedindo a projeção do trabalho e do material que os alunos tinham preparado. Mas, foram poucos casos”.
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Cláudia avalia, no entanto, que de forma geral a participação no remoto foi bem interessante porque facilitou o acesso de parte dos interessados. Mesmo com as apresentações concluídas, nada impede que os projetos sejam conhecidos de todos porque o vídeo de cada uma das 14 sessões pode ser visto no Youtube.
Qualidade dos projetos
Ao fazer uma avaliação dos projetos apresentados, a professora reitera a qualidade de cada um, além de demonstrar a preocupação e o envolvimento com o tema do evento – inovação e sustentabilidade – que esteve presente em quase 100% deles. “Foram trabalhos de riqueza única, alguns bem característicos dos locais onde as escolas estão inseridas. Percebeu-se a satisfação dos estudantes de apresentarem seus projetos e o orgulho dos professores desses alunos que realizaram estes trabalhos com tanta dedicação”.
Ainda com relação à qualidade, Cláudia lembra que isso foi verificado a partir da aplicação e utilização do método científico, testando hipóteses, encontrando resultados, além de pesquisas ainda em andamento, que envolvem bastante tempo e dedicação. “Havia projetos voltados para a resolução de um problema específico da comunidade, de melhoria da qualidade de vida, de tornar a comunidade mais feliz e mais unida nesse período pandêmico. Criatividade não faltou a estes trabalhos e mostrou jovens preocupados com assuntos sensíveis e sérios”. Ela ressalta, ainda, que todos os trabalhos foram muito bons. “Esta é uma opinião de toda a comissão organizadora que participou destes três dias de apresentações”.
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Os responsáveis, em parte, por essa qualidade foram os professores orientadores. De acordo com Cláudia, eles incentivam os alunos e envolvem a comunidade escolar. “Eles são, na realidade, a parte central do desenvolvimento do trabalho. Eles são os atores que incentivam, ajudam, apoiam, ensinam e promovem a aprendizagem”. Junto a isso esteve a ação coletiva na maior parte dos projetos. Inúmeros deles envolveram turmas inteiras ou vários anos da escola.
Além dessa observação, a coordenadora da Feira de Ciências sinaliza que muitos projetos eram ideias construídas pelos alunos e outras vinham de atividades desenvolvidas em sala de aula. “Percebia-se a satisfação deles de estarem ali apresentando o que fizeram, aprenderam e desenvolveram nos seus trabalhos. Essa percepção de satisfação também se refletia em nós, em quem estava ali participando como organizador do evento, como coordenador de sala e avaliador de projetos”.
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Novas etapas
Com as apresentações finalizadas, a Feira de Ciências tem ainda etapas a serem cumpridas. “Agora vamos elencar os trabalhos destaques desta edição. São três por categoria, conforme está previsto no nosso regulamento. A primeira categoria é o Ensino Fundamental Anos iniciais – de 1º ao 5º ano; a segunda, Ensino Fundamental – anos finais – do 6º ao 9º ano; a outra é o Ensino Médio; e a quarta é o Ensino Técnico”.
A partir dos destaques, os alunos de Ensino Médio e Técnico premiados terão a possibilidade de atuar em projetos da Universidade até janeiro de 2022. E para os destaques do Ensino Fundamental serão disponibilizados cursos, capacitações e oficinas. “Ainda temos que organizar os resumos para os anais do evento, que serão publicados no site da Feira. Quanto aos trabalhos destaques, vamos ter a edição de um e-book com o projeto completo”.
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