Diante de servidores municipais que, pela quinta semana consecutiva, ocuparam as galerias da Câmara, vereadores de oposição acusaram nessa segunda-feira, 20, o governo de perseguir municipários que se manifestaram contra a aprovação da lei dos vales. O assunto foi levantado na tribuna por Elstor Desbessell (PTB).
Segundo ele, um servidor da Secretaria da Fazenda teria sido transferido para a pasta de Obras em retaliação à publicação de um texto nas redes sociais. “Se estamos tirando de um lugar e jogando em outro para não fazer nada, é desperdício de dinheiro público”, criticou. Carlão Smidt (PTB) elevou o tom e disse que essa é uma prática “nojenta” e “pobre”.
Smidt ainda chamou o secretário municipal de Administração, Vanir Ramos de Azevedo, de “mentiroso” por uma declaração feita à Gazeta há duas semanas, na qual alegou que as transferências são corriqueiras e atendem apenas à necessidade da administração municipal.
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Procurado após a sessão, Azevedo disse que a manifestação do petebista “não é merecedora de resposta”. Como já vinha acontecendo, a sessão foi marcada por vaias e provocações aos vereadores governistas do início ao fim e chegou a ser interrompida por alguns minutos.
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Batendo de frente
Xingados pelas galerias, os vereadores governistas em Santa Cruz seguem evitando a tribuna. De alguns, não se ouve a voz no plenário há mais de um mês. A exceção é Hildo Ney Caspary (PP), que voltou a se pronunciar nessa segunda e, mais uma vez, enfrentou vaias e servidores dando-lhe as costas.
Sem fazer menção aos municipários, Hildo Ney se negou a interromper o pronunciamento. “Não vamos nos intimidar”, disse, quando o presidente Bruno Faller (PDT) fez um sinal para que encerrasse a fala.
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