Radicada nos Estados Unidos há 9 anos, a engenheira Bruna Spengler acompanha de perto a repercussão do massacre acontecido no vilarejo de Sutherland Springs, neste domingo, que deixou 26 mortos. A localidade fica na área rural da cidade onde ela vive, San Antonio, no estado do Texas.
Segundo Bruna, o impacto do episódio é ainda mais forte por ter acontecido num templo religioso. “Aqui, independente da crença, é muito forte o hábito de frequentar as igrejas aos domingos. Praticamente todas as pessoas fazem isto. Eu mesma passei a cultivar este hábito depois que me casei. Então vem aquela ideia de que poderia ter sido com qualquer um de nós”, ressalta ela.
Bruna Spengler mora em San Antonio há 9 anos. Foto: Arquivo pessoal.
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O caso deste domingo deve ser emblemático nos Estados Unidos justamente por ter acontecido no Texas, um dos estados norte-americanos em que é mais forte a cultura do uso de armas. “Praticamente todas as pessoas têm armas em casa. Em San Antonio, isto é ainda mais forte, já que a cidade possui muitas unidades militares. Ou seja, muitos ex-militares vivem aqui. É uma coisa cultural, que não interfere na violência cotidiana. Foi um fato totalmente isolado”.
De acordo com Bruna, algumas discussões em torno do desarmamento devem acontecer, mas com pouca possibilidade de mudança drástica na legislação. “Acho que é inevitável que passe a se fazer uma avaliação mais rígida do perfil psicológico de quem compra uma arma. A frequência com que estes episódios aconteceram nos últimos meses faz com que todo mundo pare para pensar um pouco”, finaliza.
O atentado
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Na manhã de deste domingo, por volta de 11 horas da manhã, Devin Patrick Kelley, 26 anos, entrou em um templo da Igreja Batista e atirou contra os fiéis. Ao todo, 26 pessoas morreram.
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