A reunião especial realizada nessa segunda-feira, 20, à tarde na Câmara de Santa Cruz para discutir as dificuldades que algumas famílias enfrentam para conectar suas residências à rede de esgoto foi marcada por cobranças de vereadores, que alegam a necessidade de mecanismos de apoio a pessoas de baixa renda.
O principal problema envolve os imóveis com soleira negativa – ou seja, quando a residência fica abaixo do nível da rua. Para fazer a conexão, é necessária a implantação de uma elevatória com bomba elétrica, o que exige um investimento de R$ 4 mil a R$ 6 mil. Se o proprietário deixa de fazer a conexão, é obrigado a pagar a tarifa pela disponibilidade da rede de esgoto.
LEIA MAIS: Ligação à rede de esgoto vira drama para moradores de Santa Cruz
Na reunião, que foi proposta pelo vereador Carlão Smidt (PSDB), o superintendente regional da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), José Epstein, informou que há cerca de 400 imóveis com soleira negativa em Santa Cruz – até agora, porém, a cobertura de rede de esgoto do município é de somente 23%.
Publicidade
Epstein reconheceu que a implantação da elevatória traz um custo significativo para os usuários. “Não é uma solução barata, porque além do equipamento é preciso fazer a instalação e a conexão com o sistema”, disse. Outra solução seria a instalação de unidades individuais de tratamento de esgoto (fossas sépticas). Esses sistemas, porém, exigem limpezas periódicas, que também têm custos. Ainda assim, vários participantes da reunião opinaram que as fossas podem ser saídas mais viáveis.
LEIA MAIS: Agerst abre consulta pública para regulamentar serviço de limpeza de fossas sépticas
Durante a reunião, diversos vereadores alegaram que várias famílias não têm como arcar com essas despesas. “Hoje muitas pessoas escolhem entre pagar a conta de água e a conta de luz ou comprar comida para a família”, afirmou Cleber Pereira (União Brasil).
Publicidade
A discussão deve continuar na sexta-feira, para quando está marcada uma audiência pública convocada pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados (Agerst), também na Câmara. Entre as possibilidades em estudo está a de um subsídio para famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico).
Conforme o conselheiro da Agerst Astor Grüner, os recursos poderiam vir do Fundo Municipal de Gestão Compartilhada, que é abastecido com parte da receita da Corsan no município, ou da arrecadação com a cobrança de tarifa de disponibilidade. A deliberação da audiência deve dar origem a uma resolução do órgão.
LEIA MAIS: Reunião debate cobrança da rede de esgoto de casas abaixo do nível da rua
Publicidade
Quer receber as principais notícias de Santa Cruz do Sul e região direto no seu celular? Entre na nossa comunidade no WhatsApp! O serviço é gratuito e fácil de usar. Basta CLICAR AQUI. Você também pode participar dos grupos de polícia, política, Santa Cruz e Vale do Rio Pardo 📲 Também temos um canal no Telegram! Para acessar, clique em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça sua assinatura agora!