A reitora da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Carmen Lúcia de Lima Helfer, participou na segunda-feira, 18, de um encontro virtual, mediado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Ernani Polo (PP). Na pauta, a reivindicação das universidades comunitárias gaúchas por uma linha de crédito emergencial como forma de enfrentar a crise financeira gerada pelo coronavírus.
O encontro contou com a participação de diretores do Banrisul, Badesul e BRDE, além de deputados estaduais. A principal decisão foi a criação de um grupo de trabalho que irá discutir formas de alcançar crédito para capital de giro e reestruturação de dívidas. As universidades já enfrentavam severas dificuldades financeiras desde a redução de oferta do Financiamento Educacional (Fies) e a situação se agravou com a pandemia. Atualmente, muitas instituições lidam com graus elevados de endividamento.
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Grupo de trabalho
Durante a reunião, o vice-presidente do BRDE, Luiz Noronha disse que a primeira etapa de um apoio emergencial às instituições até o início de 2021 passa por crédito para capital de giro e reestruturação de dívidas.
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Noronha comentou que o endividamento de curto prazo é muito grande em algumas instituições analisadas, vinculado a custeio, e isso “pode se tornar mortal”. Ele sugeriu a criação de um grupo de trabalho emergencial com governo do Estado, Assembleia, bancos e universidades para tratar de assuntos como a preparação de um manual de crédito emergencial para as instituições chegarem aos bancos, a conclusão de um diagnóstico da situação de cada empresa e, a partir disso, oferecer assistência técnica para corrigir problemas de gestão decorrentes da mudança de modelo de negócio e para dar segurança aos bancos de que os compromissos serão honrados. Outro ponto é oferecer infraestrutura de TI para que se preparem para os novos tempos no ensino, além de garantir recursos para capital de giro e restruturação de dívidas.
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Presidente do Sindicato do Ensino Privado do RS (Sinepe), Bruno Eizerik questionou se faculdades isoladas, centros universitários, as filantrópicas e com e sem fins lucrativos estariam incluídas na proposta do BRDE. Noronha respondeu que todas as instituições sujeitas a crédito podem participar.
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