O diretor-geral do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), Luciano Faustino da Silva, foi bombardeado por uma série de pedidos para a recuperação das rodovias estaduais 153, 471 e 403. Prefeitos, vereadores e representantes do Legislativo da região estiveram com o gestor da autarquia em Porto Alegre, em reunião intermediada pelo deputado Edivilson Brum (MDB).
O secretário de Segurança Pública e Mobilidade Urbana de Santa Cruz do Sul, coronel Valmir José dos Reis, que representou a prefeita Helena Hermany, elevou o tom do debate com a apresentação do levantamento dos acidentes registrados na 153, mostrando a relevância de uma ação mais efetiva na via. “Estamos falando do corredor de exportação do Vale do Rio Pardo, de uma rodovia importantíssima para a quinta economia do Rio Grande do Sul”, ressaltou. A fala de Reis foi acrescida pela prefeita de Sinimbu, Sandra Backes. A gestora completou dizendo que o corredor da exportação havia se transformado no corredor da morte, devido aos acidentes graves causados, em especial, pela existência de buracos.
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“Esse trecho de exportação, via 153, é a força-motriz do Estado”, apontou o deputado Brum. Ele entende ser uma vergonha ter o principal trecho de exportação do Rio Grande do Sul com a destinação de R$ 1,5 milhão para reparos, quando é perceptível a necessidade de um investimento maior para atender às necessidades de quem passa pela via.
Diante dessa quantidade de recursos anunciada pelo Daer, a comitiva já teve a resposta de que o pedido de uma intervenção maior ficará para outro momento. “O que podemos garantir, agora, é que a Conpasul [empresa responsável pela manutenção da via, a partir da participação em processo licitatório] vai tapar os buracos até o fim do ano”, anunciou Faustino.
Sobre a 403, o dirigente confirmou que o trecho com base pronta deve ser concluído até o fim de 2023. “Há R$ 8 milhões reservados para isso e que devem ser utilizados ainda neste ano, sob pena de perdermos esse recursos. O restante, na parte de Rio Pardo, vai passar para a Conpasul e deve ser feito no próximo ano”, garantiu.
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A afirmação de que a solução é paliativa reforçou o interesse da comissão Avante 153 de encaminhar o assunto a todas as unidades do Ministério Público dos municípios cortados pela via. “Estamos vendo a melhor forma e vamos levar ao MP”, adiantou o líder do grupo, o vereador de Herveiras Antônio Gildásio Corte Vieira. Lamentou, mais uma vez, sair do Daer apenas com a promessa de que será feita nova operação tapa-buracos.
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Conpasul confirma foco na manutenção das vias do Vale
O diretor-presidente da Conpasul, Olivar Basso, acompanhou a reunião e garantiu que a empresa deve intensificar as ações no Vale do Rio Pardo, sobretudo nas rodovias que motivaram a reunião dessa quarta-feira, 8. Lamentou, no entanto, as condições climáticas, que dificultaram os trabalhos nos últimos três meses.
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“Conforme a equipe do Daer aponta os buracos, temos feito as ações de reparo”, afirmou. Acrescentou que também na 403, entre Cachoeira do Sul e Rio Pardo, será completada a parte que está com a base pronta. Ele ainda está na expectativa do novo contrato para assumir trecho que havia sido vencido por outra empresa, que abandonou a obra.
“Nos solidarizamos com o prefeito de Rio Pardo”, disse a prefeita em exercício de Cachoeira do Sul, Ângela Schuh. Ela afirmou encarar com estranheza o fato de que uma rodovia com 62 quilômetros leve mais de 40 anos para ser concluída. Refere-se ao fato de que a 403 teve seu projeto aprovado em 1982. Além do discurso de solidariedade, a chefe do Executivo cachoeirense também demonstrou preocupação, porque a recuperação da Ponte do Fandango foi aprovada e a via será interrompida para a execução da obra. A saída será utilizar a 403 para chegar à BR-290.
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Os prefeitos demonstram receio porque isso já foi feito entre Barros Cassal e Soledade, mas mesmo nesse trecho é possível perceber a ocorrência de buracos, que representam danos nos veículos e ocasionam acidentes. “Nós, prefeitos, estamos sangrando, quase que apanhando nas ruas”, resumiu o presidente da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp), Mano Paganotto.
Prefeituras podem ser parceiras
Durante o encontro, algumas sugestões foram dadas, como a instalação de uma praça de pedágio na RSC-153, o que é considerado um diferencial na qualidade da via. Outra alternativa ventilada foi a parceria entre as prefeituras e o governo do Estado. O Daer, por meio do contrato com a Conpasul, poderia ceder o material e os municípios realizariam as operações tapa-buracos. O diretor da autarquia disse que essa é uma possibilidade. “Aquelas prefeituras que têm melhores condições podem fazer esse trabalho utilizando o material fornecido pela nossa empresa contratada”, garantiu Luciano Faustino.
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O presidente da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) e prefeito de Pantano Grande, Mano Paganotto, mostrou-se solidário com todos os prefeitos e cobrou melhorias na RSC-471, onde pessoalmente já auxiliou equipes da Prefeitura em ações de tapa-buraco nas crateras da rodovia, entre Pantano e Encruzilhada do Sul, para minimizar os problemas de trafegabilidade.
Na presença do diretor-presidente da Conpasul, Paganotto também exigiu solução quanto ao término das obras de pavimentação que a empresa realiza no município – no Bairro Unical, por meio do Pavimenta I, e na localidade da Várzea (interior), em torno da praça. Segundo o chefe do Executivo, a comunidade já não aguenta mais tanto atraso na execução da obra.
Além dos prefeitos, os candelarienses Clairton Kleinert e Flávio Karnopp, da Associação Comercial e Industrial de Candelária, estiveram na reunião para reforçar a necessidade da conclusão dos 18 quilômetros da ERS-410, que une o município ao entroncamento com a 403. O prefeito Nestor Ellwanger também enfatizou que essa é uma das prioridades para o município.
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