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Sufoco

Em pleno calorão, moradores ficam 50 horas sem água

Com a temperatura perto dos 40 graus, moradores dos bairros Santa Vitória e Dona Carlota, em Santa Cruz do Sul, passaram sufoco no fim de semana. Foram 50 horas sem fornecimento de água – entre as 13 horas de sexta-feira e as 15 horas deste domingo. 

Moradora do Residencial Viver Bem, a safreira Graziela dos Santos, 30 anos, teve que determinar as prioridades da casa para o consumo do pouco de água que restava na caixa do aquecedor solar. “Já nem almoçamos em casa porque não tinha água. E como meu marido precisava trabalhar, eu e minhas filhas ficamos sem banho.”
Na moradia de Maria Deroti Lourenço Priebe, 65 anos, o banho também teve que ficar de lado. “A gente não consegue nem dormir sem banho com todo esse calorão. Tive que deitar no piso.” Para fazer a comida, ela contou com a solidariedade de vizinhos, que cederam um pouco de água.


Graziela dos Santos teve que deixar a roupa parada no tanque. Foto: Lula Helfer.

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No fim da manhã deste domingo, a Prefeitura despachou caminhões-pipa para os bairros afetados. Com baldes e litrões, os moradores garantiram um pouco de água. No começo da tarde, a Corsan também enviou um caminhão-pipa.

Obra causou o rompimento de adutoras

De acordo com o agente administrativo da Corsan, Bruno Barreto, o fornecimento na Zona Sul foi prejudicado devido ao rompimento de duas adutoras, uma de 200 e outra de 150 milímetros, que ficam no Distrito Industrial. Ele explicou que, na sexta, foi realizada uma intervenção em um registro que havia sido substituído, no Bairro Senai. Ele seria responsável por abastecer a região norte da cidade. No entanto, para executar o trabalho, foi necessário desligar outro registro, que fornece água para o lado oposto do município.

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Equipes consertaram adutoras no Distrito na madrugada e na manhã desse domingo. Foto: Lula Helfer.

A suspeita, segundo Barreto, é de que com a pressão da água, quando o sistema foi religado, as adutoras se romperam. Mas, como houve vazamento invisível, o problema não foi percebido imediatamente. Ele só teria sido detectado no fim da noite de sábado e, então, as equipes iniciaram o conserto. Devido à obra, moradores do Higienópolis também foram afetados.

Bruno enfatizou que a substituição do registro ocorreu como parte do trabalho de setorizar a rede hídrica – o que dividirá as redes da cidade, evitando  desabastecimento generalizado quando uma delas apresentar problemas. O serviço vai continuar no ano que vem, mas, segundo o gestor, será evitado no verão. O agente da Corsan explicou ainda que os rompimentos não têm relação com o calor, e sim com a pressão da água.

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Além disso, na maioria dos casos, a demora para normalizar o sistema ocorreria em razão do consumo intenso de água nas regiões mais baixas, o que atrasaria a volta da água nos demais pontos. Ainda no sábado, a Corsan reparou uma rede que havia se rompido na Rua Marechal Floriano, em frente ao 7º Batalhão. O problema interrompeu o fornecimento na parte mais alta do Bairro Esmeralda, do Viver Bem e no Santa Vitória.

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