Quem mora em Santa Cruz do Sul ou cidades vizinhas e viaja para Encruzilhada ou para o Sul do Estado certamente passa por Pantano Grande. E, se passa por Pantano, faz uma parada a fim de provar um pastel que é um sucesso. O pastel da Raabelândia é atração gastronômica do município, pois mantém a receita original há 58 anos, tornando-se um dos produtos mais conhecidos da região.
Conforme o empresário Tiago Raabe, o Pastel do Pantano, como o prato do cardápio da empresa é chamado, faz jus à fama. Em dias especiais, e no período de veraneio, é líder de vendas. Em um único turno de oito horas, já foram comercializados 3 mil pastéis. “Isto dá mais ou menos 80 quilos de massa, produzida fresca, assim como os recheios, preparados pela nossa cozinha”, comenta.
Raabe explica que não sabe como começou a história do pastel. O produto é comercializado desde 1961, quando a Raabelândia foi inaugurada. O estabelecimento que faz alusão ao nome da família de Tiago nem sempre foi dela. “Estamos no comando do restaurante desde 1994. Antes, apenas o espaço era da nossa família”, conta.
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Quando a empresa foi vendida para os Raabe, a receita do Pastel do Pantano foi junto – e o segredo também. “Somente o pessoal da cozinha conhece a receita e os ingredientes. Elas não revelam, mas a gente vende a massa pronta, para quem quer fazer o nosso pastel em casa.” O empresário não se dobra, convida a reportagem a provar o pastel, mas não diz o que tem nele. “Podemos fazer com o recheio que você quiser. Além dos tradicionais, qualquer doce ou produto que estiver à venda no restaurante vira recheio – menos o sorvete. Qual vai ser o teu?”, questiona o empresário.
Feito na hora, o pastel vem soltando vapor. Enche um prato de sobremesa com recheio de ponta a ponta. O tradicional, de carne moída com ovo, conta com o requinte da azeitona picada. Outro sabor que faz sucesso na Raabelândia é o de pizza. A reportagem experimentou os dois. O valor do pastel varia entre R$ 11,80, para os sabores mais tradicionais, e R$ 12,20, para o sabor pizza e todos aqueles que contam com ingredientes diferentes. O prato serve uma pessoa e harmoniza com suco de laranja e mamão, também feito na hora. A Raabelândia fica aberta 24 horas, todos os dias da semana. O período com mais movimento é o feriado de Páscoa.
Amor e dedicação
Silvana Santos é uma das pasteleiras da Raabelândia. Como poucas, ela conhece os segredos que deixam a massa crocante, saborosa e com o gostinho de casa da avó. “É um ingrediente simples, mas que a gente não pode falar. Eu posso te vender a massa, em porções de um quilo ou meio. A gente vende o pastel sem fritar também”, reforça.
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A massa vai para a casa do cliente fechada. Quem se aventura a fazer o Pastel do Pantano precisa abri-la no cilindro, ou com rolo, e ainda tem de se virar com o recheio. “O melhor é vir experimentar aqui”, admite Silvana. O atendimento no restaurante é um capítulo à parte. Quem almoça ou experimenta o pastel é convidado a saborear as sobremesas, que são como um banquete doce. “É preciso tratar bem o cliente para sempre termos a visita de quem passa por aqui”, complementa a pasteleira.
Para fazer a massa do pastel, Silvana e suas colegas contam com máquinas para misturar os ingredientes, assim como cilindros automáticos para abrir e cortar. Afinal, fazer 3 mil pastéis exige muita força. “A gente não precisaria ir para academia se não fossem as máquinas”, brinca a pasteleira, que faz questão de dizer que é torcedora do Grêmio.
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