O Brasil comemora em 25 de julho o bicentenário da imigração alemã. E é no contexto dessas celebrações que o jornalista e escritor Benno Bernardo Kist, há cinco décadas vinculado à Gazeta, apresenta novo livro. Peter & Lis: quando era proibido falar a própria língua sai sob o selo da Editora Gazeta, na qual ele atua há mais de duas décadas. A obra, de 110 páginas, com capa dura e fotografias de época, será lançada na próxima quarta-feira, dia 14, a partir das 17 horas, na Casa de Clientes Gazeta.
Peter e Lis, nominados no título, são os avós paternos de Benno. São os genitores de seu pai Carlos, que Benno homenageara em livro anterior, Carl & Cis, de 2019, então em meio aos festejos alusivos aos 170 anos desde a chegada dos primeiros imigrantes à Colônia de Santa Cruz. Por sinal, no final deste ano a região celebra os 175 anos de colonização. Com o anterior, Carl & Cis, sua nova obra, Peter & Lis, forma uma espécie de díptico, esta sendo uma continuação da anterior.
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Em termos de conteúdo, o novo volume está estruturado no entorno da chegada dos seus avós à área ao norte da então extensa Alte Pikade (hoje Linha Santa Cruz), na segunda metade do século 19. Naquela região, em localidade nomeada em alemão de Posemuckel, hoje Entrada São Martinho, os imigrantes iniciaram uma nova vida, longe de sua terra natal, mas dispostos a preservar alguns de seus valores, em destaque o trabalho e a língua. Outro espaço referido é o Cerro do Baú (hoje Linha Santa Eugênia, onde Benno inclusive nasceu), no qual Peter e Lis se fixaram depois de casarem, em 1890.
Em pesquisa que, de certo modo, contempla a história das famílias de imigrantes alemães em toda a região, Benno descortina o ambiente no qual seus antepassados construíram sua vida. A obra, dividida em três partes, salienta o quanto a proibição da fala da língua alemã, nas duas guerras mundiais e no Estado Novo, no século 20, foi traumática para os colonos. De forma ampla, o livro de Benno é convite a uma viagem afetiva e afetuosa ao tempo dos pioneiros.
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