Desde a noite da última segunda-feira, 17, carteiros e servidores dos Correios de todo o país estão em greve. A mobilização pede a ampliação do quadro de funcionários – houve aumento na demanda de trabalho por conta da pandemia – e a manutenção de direitos adquiridos em convenções coletivas passadas. No primeiro dia de greve em Santa Cruz do Sul, nessa terça-feira, 18, a operação dos Correios foi normal.
Conforme o sindicato da categoria, no Rio Grande do Sul a adesão à paralisação alcança 70% do quadro nas agências. O secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do Rio Grande do Sul (Sintect-RS), Alexandre Nunes, explica que pelo menos três pautas levaram os carteiros a cruzar os braços no país. “Durante a pandemia, houve um aumento de 25% no volume de entregas. No entanto, nós tivemos redução de 30% no quadro efetivo, que são servidores dos grupos de risco”, disse.
LEIA MAIS: Funcionários dos Correios entram em greve em todo o País
Publicidade
Nunes reclama também da falta de estrutura da estatal. Segundo ele, no Rio Grande do Sul mais de 60 colegas já foram infectados pelo novo coronavírus. “Nós recebemos duas máscaras de pano e álcool em gel e ninguém faz teste para saber se está doente.”
O terceiro tópico diz respeito à retirada de 70 cláusulas da convenção coletiva da categoria, reduzindo o volume de benefícios dos servidores. “Esta paralisação é nacional e por tempo indeterminado”, complementa o secretário-geral do sindicato.
Na agência central de Santa Cruz do Sul, nessa terça-feira, o trabalho não havia sido alterado e a operação dos Correios estava normal. A agência segue funcionando no horário diferenciado por conta da pandemia – das 9 às 11h45 e das 13 às 16h45.
Publicidade
LEIA TAMBÉM: Correios oferece coleta gratuita de encomendas durante a pandemia
This website uses cookies.