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retrospectiva 2024

Em maio, enchente trouxe caos e destruição, mas também a solidariedade

Foto: Rafaelly Machado

O mês de maio foi marcado por destruição, caos e solidariedade no Rio Grande do Sul. Já no início do mês, tempestades e chuvas incessantes resultaram no maior desastre climático já registrado. Conforme as últimas atualizações da Defesa Civil estadual, foram atingidos ao todo 471 municípios – o equivalente a quase 95% das cidades gaúchas – e registradas 183 mortes. No auge das chuvas, cerca de 79 mil pessoas ficaram desabrigadas após terem suas casas levadas ou destruídas pela água. Estima-se que mais de 2,3 milhões de pessoas tenham sido afetadas.

As regiões do Vale do Rio Pardo e Centro-Serra foram as primeiras atingidas. Em muitos municípios, casas, indústrias e comércios simplesmente desaparecerem. Em Santa Cruz, a situação mais crítica aconteceu no Bairro Várzea, enquanto em outros pontos da cidade houve deslizamentos e alagamentos. Em Sinimbu, o Rio Pardinho saiu do leito e deixou o município literalmente arrasado pela força das águas. Já nos primeiros dias, foram confirmadas seis vítimas nas duas regiões – três delas na área de Rio Pardinho.

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Conforme o IBGE, a região teve 28.145 pessoas afetadas pelas cheias. O número representa 6,17% da população. Os municípios mais atingidos foram General Câmara, Venâncio Aires, Rio Pardo e Sinimbu. Onde a água baixou, literalmente ficou um rastro de devastação. Por conta da continuidade das precipitações, o governo do Estado chegou a instalar um gabinete em Santa Cruz do Sul.

Para relembrar o impacto de devastação, em um único dia Santa Cruz registrou 90% da chuva esperada para maio. Com a situação persistindo também no Vale do Taquari, a preocupação se estendeu para a população da Região Metropolitana. Em Porto Alegre, o Guaíba atingiu níveis históricos e invadiu as ruas. De acordo com a medição da Prefeitura de Porto Alegre, o nível atingiu 5,33 metros – o maior da história, superando a enchente de 1941.

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Sem acesso à Região Metropolitana devido aos bloqueios nas estradas, inicialmente havia o temor de que Santa Cruz pudesse ficar sem combustíveis e sem alimentos, o que não se concretizou. Nos bairros, moradores enfrentaram falta de água. Em muitos outros municípios da região, os acessos também ficaram comprometidos pela queda e rompimento (parcial ou total) de pontes e rodovias. Esse foi o caso da RSC-287, que teve vários pontos comprometidos, inclusive com parte do asfalto levada pelas águas.

União pela reconstrução

As equipes usaram helicópteros para as operações de resgate. Um Centro de Operações foi montado no Parque da Oktoberfest, para abrigar as famílias e animais de estimação e receber as doações de roupas, água e alimentos. Serviu ainda para organizar o fluxo de chegada e saída de helicópteros que ajudaram em resgates e trouxeram doações de diversos estados.

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A atuação de voluntários também chamou atenção em todo o Rio Grande do Sul. Tanto na organização das doações quanto na limpeza de casas, a solidariedade de pessoas anônimas, que se somaram às equipes de resgate, chamou atenção.

Com a maior parte do Rio Grande do Sul devastada pela enchente histórica, iniciou-se o planejamento de estratégias voltadas à reconstrução. O presidente Lula visitou o Estado e se reuniu com o governador Eduardo Leite. O governo federal prometeu ajuda bilionária e anunciou medidas de mais de R$ 50,9 bilhões em auxílio a diversos segmentos atingidos. Só para a reconstrução de estradas, o balanço inicial é de que seriam exigidos R$ 118 milhões.

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Prejuízo milionário

Em relatório apresentado pela Defesa Civil, os danos materiais provocados aos setores público e privado pelas chuvas foram contabilizados em R$ 306 milhões só em Santa Cruz. O maior, calculado em R$ 130 milhões, está relacionado às infraestruturas públicas, como estradas, pontes, pontilhões, galerias, bueiros que foram danificados pelas águas.

Já no setor privado – agricultura, pecuária, indústria, comércio e serviços – a estimativa de perdas chega a R$ 162 milhões. Em 30 dias, Santa Cruz acumulou 60% da chuva esperada para todo o ano e maio entrou para a história como o mês mais chuvoso desde 1914.

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Novo susto

Em menos de duas semanas desde a última cheia, o Rio Pardinho voltou a subir e os moradores da Várzea viveram um novo drama. As famílias mais próximas das margens do rio precisaram deixar suas casas novamente e retornar aos abrigos. Em um período de 30 dias, o município registrou 870 milímetros de chuvas.

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