O número de roubos de veículo ocorridos no Rio Grande do Sul em julho de 2021 foi o menor já registrado. Foram 324 ocorrências, o mais baixo total para o período de um mês desde que teve início a contabilização desse tipo de crime, em janeiro de 2002. Os dados integram os indicadores de criminalidade, divulgados pela Secretaria da Segurança Pública nessa sexta-feira, 13.
É a segunda vez em menos de um ano que essa marca é registrada – o recorde anterior havia sido alcançado em novembro do ano passado, com 376 casos. Em relação ao pico da série histórica, em setembro de 2015, quando 2.126 motoristas tiveram seus veículos levados sob a ameaça de criminosos, o resultado representa redução de 84,8%.
Na comparação com julho de 2020, que teve 636 roubos de veículo, o total de julho de 2021 equivale à redução de 49,1% e também é o menor total da série histórica do sétimo mês do calendário. O acumulado desde janeiro também registrou queda, de 45%, passando de 5.503 casos no ano passado para 3.028 neste ano – quase 2,5 mil registros a menos.
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Os indicadores criminais de julho também confirmaram a tendência verificada ao longo dos últimos dois anos no índice de crimes violentos letais intencionais (CVLI) – soma de homicídios, latrocínios e feminicídios. O conjunto desses crimes contra a vida, tanto na leitura isolada do mês quanto no cenário acumulado desde janeiro, permanece no menor nível da série histórica, iniciada em 2012, quanto o Estado passou a ter contabilização individual nesses três delitos.
Em julho, foram registrados 138 CLVIs no Rio Grande do Sul, marca 6,8% menor que os 148 do mesmo mês no ano passado. Já no período de sete meses desde janeiro, a baixa foi de 16,7%, passando de 1.219 para 1.016 crimes contra a vida, 203 a menos.
No principal crime contra a vida, o Estado chegou ao nono mês consecutivo de queda. Em julho, o número de vítimas de assassinatos caiu de 140, em 2020, para 123, neste ano, uma retração de 12,1% e o menor total desde 2006. Frente ao pico da série histórica, em 2016, quando o sétimo mês do calendário teve 247 óbitos, o total atual representa uma diminuição de 50,2%.
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Com o resultado de julho, o número de homicídios no acumulado desde janeiro também fechou em baixa no RS. A soma de vítimas no período passou de 1.123, em 2020, para 924 neste ano, uma queda de 17,7% e o menor total desde 2006. Frente ao pico, com 1.821 pessoas assinadas entre o primeiro e o sétimo mês de 2017, a redução chega a 49,3%.
Os delitos contra estabelecimentos bancários no Rio Grande do Sul passaram de dois casos, em julho de 2020, para quatro no mesmo mês deste ano. No acumulado de sete meses, a soma de furtos e roubos a banco, passou de 30 para 32, na mesma comparação. Ainda assim, em ambos os casos, os dados atuais são o segundo menor total para as séries históricas dos períodos. Na comparação com os picos (registrados em 2015 na leitura mensal e em 2016 na soma de janeiro a julho), os números de 2021 representam reduções acima de 80%.
Dos quatro casos em julho deste ano, apenas um foi um roubo, os demais são furtos-arrombamentos de caixas eletrônicos, portanto sem ameaça a vítimas ou ações violentas. O primeiro ocorreu na madrugada no dia 14 de julho, em um terminal bancário de um posto de combustíveis de Esteio. Outro caso semelhante foi registrado no dia 19, também em um caixa eletrônico de um posto, em Viamão. A terceira ocorrência foi em um posto de atendimento de uma unidade bancária em Seberi. Ao chegar para o trabalho dia 31, por volta de 8h, o gerente percebeu a porta entreaberta e acionou a BM, que depois confirmou o arrombamento de um caixa eletrônico no local.
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O único roubo ocorreu no dia 16, no município de Cruzaltense, no Norte do Estado. Três homens armados invadiram a agência, renderam funcionários e, depois, fugiram levando uma quantia em dinheiro e celulares. O Gol branco utilizado na fuga foi abandonado em uma estrada de chão no interior do município, e os assaltantes seguiram fuga em um Meriva, que acabou abordado pouco depois no cerco rapidamente montado pela BM, no quilômetro 31 da RS-324, localidade Bugre Morto, em Pontão.
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