O volume de consumidores negativados no País fechou o mês de julho na casa dos 59,4 milhões de pessoas, aponta estimativa elaborada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), com base em dados de todos os participantes do setor de proteção ao crédito. Na comparação com o período equivalente de 2016, quando o número atingiu 58,9 milhões, houve crescimento de 0,84%.
Já os dados isolados da SPC Brasil e da CNDL indicam queda de 1,17% na quantidade de pessoas físicas inadimplentes em julho ante igual mês do ano passado. Na avaliação ante junho, houve queda de 0,66%, mostram os dados da SPC Brasil.
Os quase 60 milhões de negativados representam 39,3% da população brasileira com idade entre 18 e 95 anos, o que, segundo a SPC Brasil e a CNDL, reflete as dificuldades impostas às famílias pelo desemprego elevado. Ainda assim, o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, lembra que o cenário mais restritivo ao crédito e o menor apetite de consumo por parte das famílias ajuda a balancear as dificuldades do desemprego, “limitando o crescimento da inadimplência”.
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“Assumindo que a economia e o consumo irão se recuperar de forma lenta e gradual, a estimativa deve permanecer ainda oscilando em torno dos 59 milhões de negativados ao longo dos próximos meses, sem mostrar um avanço expressivo”, avalia Pinheiro.
Conforme os dados da SPC Brasil e CNDL, a faixa etária mais devedora, com 50,11%, é de consumidores entre 30 e 39 anos de idade. O porcentual corresponde a 17,1 milhões de pessoas. Na sequência aparecem pessoas entre 40 e 49 anos (47,55%), e consumidores de 25 a 29 anos (46,10%).
Regiões
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O Sudeste, maior mercado consumidor do Brasil, concentra a maior parte dos devedores negativados em termos absolutos, com 25,6 milhões de consumidores – o número corresponde a 39,06% da população adulta da região. Em seguida, aparece a região Nordeste, com 15,7 milhões; Sul, com 7,8 milhões; Norte, com 5,3 milhões; e Centro-Oeste, com 4,9 milhões de inadimplentes.
Dívidas por pessoa
Em média, os devedores inadimplentes acumularam, em julho de 2017, pouco menos de duas dívidas por pessoa (1,976). O número é 5,53% menor do que as 2,067 dívidas por pessoa verificados no mesmo mês do ano passado.
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As dívidas atrasadas com o comércio recuaram 7,4%, enquanto serviços de comunicação registraram queda de 6,35%. Pendências em atraso com fornecedores de água e luz tiveram retração de 4,2% e as dívidas bancárias caíram 3,15%.
O setor bancário é o credor com mais dívidas em atraso no País, com 48,87% do total. Outros setores com participação relevante são comércio (19,84%), o setor de comunicação (14,08%) e os segmentos de água e luz (7,89% das pendências).
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