Em isolamento, dona Wilma celebra um século de vida

Atendendo a um pedido especial da própria aniversariante, os filhos de Wilma Waechter, que comemorou nessa terça-feira, 18, um século de vida, organizaram uma festa para ela. Estava tudo planejado para ser um grande evento em Vera Cruz. No entanto, a pandemia do novo coronavírus mudou os planos da ativa vovó – na casa geriátrica onde ela reside, o “parabéns a você” foi fracionado, com todos os cuidados necessários.

Vitor Mauro Waechter é o penúltimo filho de dona Wilma. Parte de uma família de seis irmãos, ele conta que o grande sonho da mãe era uma festa de aniversário, para celebrar os cem anos de vida. “Nos últimos dias ela nem dormiu direito, pensando como seria a festa. Tivemos que fazer adaptações junto com a casa geriátrica, que foi muito sensível ao nosso pedido”, diz Vitor.

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Seguindo os protocolos sanitários da Prefeitura de Vera Cruz, os familiares se dividiram em cinco grupos de cinco pessoas e cantaram cinco vezes parabéns para Wilma, sempre a distância. Vaidosa, além da festa, pediu aos filhos que levassem um sapato bonito para ela usar. “Aí decidimos que nós, os quatro filhos que iríamos estar presentes hoje, usaríamos gravata, em homenagem a ela.” Além de Vitor, Wilma Waechter é mãe de Ingo, Erno, Marcos, Íris e Martin, que faleceu ainda jovem. A filha mora em Porto Alegre e não pôde estar presente à celebração. Wilma foi mãe seis vezes, porém um dos filhos morreu. A família cresceu: são dez netos e 15 bisnetos. A festa programada teria aproximadamente uma centena de convidados, assim como a idade da costureira aposentada.

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Única lamentação é não poder fazer a festa

É em alemão que Wilma Waechter se comunica hoje em dia. Esta foi a prerrogativa para a escolha do lar Viver Bem, em Vera Cruz. A internação dela dependia da capacidade de comunicação por parte dos funcionários da casa.

Wilma conta que não existe um segredo para atravessar cem anos e poder soprar as velinhas do bolo. “Não sei se existe um segredo, talvez sempre ser feliz. Mas isto não é segredo”, diz.

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Na comunidade de Rio Pequeno, interior de Sinimbu, Wilma viveu 80 anos. Depois, mudou-se para Santa Cruz do Sul, na casa de Vitor, e, por último, está na casa vera-cruzense há 16 meses, para receber de perto cuidados especiais por conta da idade. “Eu me sinto muito bem por ter comemorado cem anos. Apenas lamento não termos conseguido fazer a festa, que estava programada há um ano”, comenta. Em homenagem à alegria de Wilma, a casa Viver Bem foi decorada de dourado. Balões indicavam na fachada que o 18 de agosto de 2020 foi um dia muito especial.

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