Faz dois meses que a família de Isabel Oliveira Castro, moradora de Linha São Pedro, no interior de Gramado Xavier, decidiu agir em favor do planeta. De tanto ver resíduos sólidos abandonados no meio ambiente, ela decidiu investir na compra, transformação e venda de sucata. Semelhante à trama da novela dos anos 1990, escrita por Silvio de Abreu, ela tornou-se a “Rainha da Sucata”, cujo “reinado” mostra que a reciclagem pode ser uma alternativa de vida sustentável.
“Compramos sucata e selecionamos. O que dá para arrumar, transformar ou modificar, nós mesmos fazemos”, conta. Isabel mostra as esculturas de jardim e paradouros de pássaros, feitos com pneus, resto de forro de PVC e excesso de criatividade. Além dela e do marido, João Laerte de Oliveira, os dois filhos do casal entram na roda para ajudar na transformação dos objetos. “A pintura dos objetos geralmente é feita por eles”, acrescenta.
Eletrodomésticos e eletroportáteis com defeito, abandonados no lixo, podem ter peças que sirvam em consertos de outros aparelhos, especialmente nos modelos mais antigos. “Sempre tem alguém procurando por peças. Se estiver funcionando, vendemos também”, destaca a dona da reciclagem.
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Isabel explica que é comum verificar restos de construção, móveis danificados e eletrodomésticos estragados abandonados pelo município. O espaço para armazenamento da sucata já está quase pequeno. Em pouco mais de dois meses, a família Castro coleciona centenas de objetos que podem servir à reciclagem. “É uma experiência nova, ainda não tínhamos trabalhado com sucata. Porém, acreditamos que este pode ser um bom negócio.”
Mais que agregar uma nova fonte de renda ao negócio da família, que mantém um mercadinho junto ao “atacado” da sucata, Isabel entende que a ação ajuda a educar os filhos para um mundo melhor. “Esta é a nossa maneira de deixar o mundo um pouco mais limpo, tirando da natureza estas peças que não fazem parte do meio ambiente”, justifica.
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