Dário de Almeida Pereira era um dos presentes na Praça Getúlio Vargas na manhã deste sábado, 29, participando da feira de saúde promovida pela Associação de Assistência a Pacientes Oncológicos e Transplantados (Aapot). Ele estava lá representando o Grupo de Doadores Voluntários de Sangue de Butiá (GDVS), e por uma causa muito nobre: divulgar e incentivar a doação de sangue e de medula óssea.
Além de orientar sobre o assunto, Dário era apresentado pelo coordenador do grupo, Manoel Rosa, como um troféu. Isto porque ele foi selecionado como possível doador de medula óssea há cerca de 2 meses. Dário conta que o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) entrou em contato e os primeiros exames de compatibilidade foram feitos.
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Dário de Almeida Pereira: “A qualquer momento o telefone pode tocar e eu ser chamado”
Foto: Bruno Pedry
Ele é cadastrado no sistema nacional há 10 anos. “Eu me cadastrei por curiosidade, nunca imaginava que seria chamado”, afirma o motorista e operador de 33 anos. Quando a notícia chegou, Dário conta que se sentiu único, já que os casos de compatibilidade para a doação são muito raros. “Quando contei para a minha família, todos ficaram muito contentes. Agora é a expectativa. A qualquer momento o telefone pode tocar e eu ser chamado”, conclui.
Dário entrou no GDVS no segundo ano da entidade, que foi criada em 2003. O grupo foi mobilizado por Manoel Rosa, que percebeu a falta de um centro de coleta de sangue na sua cidade. Desde então, ele mobiliza pessoas e as encaminha à bancos de sangue de Porto Alegre. Ele conta que a média é de 600 doações por ano e que a meta para 2018, aniversário de 15 anos do grupo, é de mil coletas.
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Ao ser questionado por um rapaz no Centro de Santa Cruz, nesta manhã, ele instigou: “Se você não pode doar, leve um amigo. O importante é que a gente seja multiplicador”. Manoel deixa em Santa Cruz este ensinamento, de que o essencial é fazer o bem ao próximo da forma que pudermos.
Manoel criou o Grupo de Doadores Voluntários de Sangue de Butiá | Foto: Bruno Pedry
Câncer de Mama
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Também esteve presente na feira outro grupo de Butiá, este só formado por mulheres que já passaram ou enfrentam o câncer de mama. O “Toque Rosa” reúne experiências e aprendizados desde 2015. “Nossa intenção é divulgar a prevenção, o autoexame”, afirma uma das integrantes, Selma da Souza Silva, de 50 anos.
O objetivo do grupo, desde a sua fundação, era promover o encontro de mulheres butiaenses que enfrentam o câncer para oferecer uma rede de apoio. “Sozinhas nós não conseguimos nada, e a acolhida é essencial. A vida da gente não acaba depois do câncer, e a gente segue em frente”, completa.
Selma da Souza Silva é integrante do grupo “Toque Rosa” | Foto: Bruno Pedry
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A feira
A feira da saúde foi promovida pela Associação de Assistência a Pacientes Oncológicos e Transplantados (Aapot), e contou com a presença de grupos ligados a causas sociais. Das 9 às 13 horas, o evento proporcionou momentos de descontração, aprendizado, orientação e relaxamento.
O objetivo da atividade, segundo a assistente social da entidade, Cristiane Couto, foi conscientizar sobre a importância das doações de sangue e de medula óssea e outros cuidados. “Queremos desenvolver essa ideia, fazer com que mais pessoas sejam doadoras”, comenta.
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O evento disponibilizou, além das orientações, massagem, demonstração de cosméticos, teste de glicemia, avaliação nutricional, aferição de pressão arterial, exposição de perucas e apliques e demais orientações de saúde.