O presidente de Cuba, Raúl Castro, pediu ao seu homólogo dos EUA, Barack Obama, que seja suspenso o embargo econômico à ilha. O líder norte-americano, por sua vez, se comprometeu a avançar com a normalização das relações entre os dois países.
Em uma reunião histórica, Castro classificou as recentes medidas de Obama para relaxar as restrições à ilha como “positivas”, mas as considerou insuficientes. Ele pediu novamente que os EUA devolvam a sua base naval na Baía de Guantánamo a Cuba e acabem com o embargo comercial. “Isso é essencial, porque o bloqueio permanece”, afirmou o líder cubano.
Obama se comprometeu a pressionar os líderes cubanos a respeitarem os direitos humanos e as liberdades política e disse que o simples fato de uma visita de um líder norte-americano à ilha, a primeira desde 1928, iria promover esses valores entre a população. “Este é um novo dia”, afirmou o norte-americano. “Nós tivemos uma ampla e sincera conversa sobre direitos humanos e democracia.” Ainda que o clima fosse tranquilo, houve momentos de ataques velados.
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Castro disse que é “inconcebível” que um governo deixe de garantir cuidados de saúde, educação, alimentação e segurança social para a população. “Em nossa opinião, os direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais são indivisíveis, interdependentes e universal. Nós defendemos os direitos humanos”, disse.
Obama, por sua vez, disse que observa “grandes diferenças” entre os EUA e Cuba no que diz respeito à democracia e os direitos humanos. “O futuro de Cuba será decidido pelos cubanos – não por qualquer pessoa. Sempre deixei claro que os EUA continuam a apoiar a democracia e o direito do povo cubano em decidir seu próprio futuro”, afirmou. Fonte: Associated Press.
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