A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, pediu por união após o que chamou de referendo “divisivo”, o Brexit, e prometeu levar em consideração os interesses daqueles que votaram pela permanência do país na União Europeia, no momento em que se prepara para lançar formalmente as negociações da saída britânica com Bruxelas. Em sua mensagem de Ano Novo, May usou um tom conciliatório, em meio as preocupações de que o Reino Unido está a caminho de uma saída difícil da UE.
Apesar de não ter dado detalhes na mensagem divulgada no fim do sábado, May disse que também negociará a saída do bloco pensando nas pessoas que votaram pela permanência do país na UE. “Quando eu sentar na mesa de negociações, será com isso em mente – com a consciência de que estou lá para conseguir o melhor acordo, não apenas para aqueles que votaram pela saída, mas para todas as pessoas desse país”, disse May.
Ela também se recusou a excluir a possibilidade de que o Reino Unido possa continuar a pagar ao orçamento da UE, para manter certos privilégios. May afirmou que irá iniciar uma negociação de dois anos sobre os termos da saída do Reino Unido do bloco até o final de março e prometeu dar mais detalhes sobre as estratégias das negociações no começo deste ano. Em sua mensagem, a primeira-ministra disse que o Reino Unido precisa assegurar “um bom acordo para as pessoas trabalhadoras” e fechar a cratera entre “aqueles que estão prosperando e aqueles que não estão”.
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Ela lembrou as palavras de Jo Cox, política da oposição que apoiava a permanência do Reino Unido na União Europeia e que foi assassinada durante a campanha, em um ataque motivado pelo extremismo da extrema-direita. “Nós estamos muito mais unidos e temos muito mais em comum do que aquilo que nos divide”. “Nós temos uma oportunidade de ouro para demonstrar isso”, finalizou May.
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