Líder no número de notificações de bebês com microcefalia – má formação do cérebro que pode comprometer o desenvolvimento infantil – Pernambuco registrou as primeiras mortes de pacientes com a anomalia. Foram três óbitos nos últimos cinco dias.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, dois óbitos foram no Recife e um na cidade de São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana. O primeiro bebê morreu na última sexta-feira, 11, instantes após o nascimento, com 33 semanas de gestação, ou seja, prematuro.
As outras duas crianças já nasceram mortas (chamados de natimortos) na sexta e outra nesta quarta, 16, com 38 e 40 semanas de gestação, respectivamente. Não foi divulgado o sexo dos bebês. No último boletim epidemiológico divulgado terça-feira, 15, pelo Ministério da Saúde, havia o registro de apenas uma morte de bebê com microcefalia, no Ceará. Outros 26 estão sob investigação.
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Por meio de nota, a Secretaria de Saúde de Pernambuco ressaltou que, “apesar dos bebês apresentarem microcefalia, a má-formação não é a causa básica dos óbitos”. A pasta informou, também, que os casos ainda estão sendo investigados. Pernambuco já registra 920 notificações de microcefalia este ano, o que representa 38% dos casos em todo o país. Por outro lado, o Estado só confirmou 85 e descartou 27 casos, enquanto que outros 313 atendem aos parâmetros da OMS, ou seja, perímetro cefálico menor ou igual a 32 centímetros.
Primeiro Estado a notificar pacientes com zika, diferenciando-os daqueles acometidos pela dengue ou chikugunya, Pernambuco registrou, em quatro dias, 103 casos em 27 municípios. A Secretaria Estadual de Saúde ainda investiga se os casos de microcefalia tem relação com o vírus zika.
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