A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) encontrou resíduos de agrotóxicos em níveis acima do permitido ou usados de forma equivocada em 23% das amostras de alimentos avaliadas entre 2017 e o ano passado no Brasil.
Conforme a agência, no entanto, os resultados estão dentro do esperado e não há motivo para grandes preocupações. “Não há nenhum alarde, os alimentos são seguros, dentro do que esperávamos”, afirma o diretor-adjunto da Anvisa, Bruno Rios.
Nas amostras em que foram encontradas inconformidades, 17,3% tinham resíduos de ingredientes ativos não permitidos para aquela cultura. Outros 2,3% apresentavam ingredientes ativos acima do limite permitido. Segundo o levantamento, 0,5% possuíam substâncias de uso proibido no País. E 2,9% tinham mais de um tipo de inconformidade.
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Risco à saúde
A agência também checou o risco à saúde representado por tais alimentos segundo dois critérios: agudo ou crônico. Das amostras analisadas, apenas 0,89% apresentaram potencial de risco agudo. Ou seja, seriam capazes de causar reações como dor de cabeça e náusea num período de 24 horas. Não foi constatado risco de problemas crônicos em nenhuma amostra.
Na rodada anterior do levantamento, referente a 2013 e 2015, o porcentual de amostras consideradas insatisfatórias foi um pouco mais baixo, 19,7%. A Anvisa informa, no entanto, que não é possível comparar os dois levantamentos, porque a metodologia da pesquisa foi alterada desde a última edição.
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A Anvisa avaliou 4.616 amostras de 14 legumes, cereais e frutas encontrados em supermercados de 77 municípios de todo o Brasil. Foram testados 270 diferentes agrotóxicos em amostras de abacaxi, alface, arroz, alho, batata-doce, beterraba, cenoura, chuchu, goiaba, laranja, manga, pimentão, tomate e uva. Esses alimentos equivalem a cerca de 30% da dieta vegetal dos brasileiros.
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