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Em audiência, defesa de Toquinho aponta irregularidades em interceptações telefônicas

Foto: Alencar da Rosa/Banco de Imagens

Investigação culminou na megaoperação Armageddon, deflagrada no ano passado

Aproxima-se de um desfecho na esfera judiciária o processo referente a uma das maiores operações realizadas contra o tráfico de drogas no Vale do Rio Pardo. A investigação feita ao longo de dois anos pela Delegacia de Polícia de Vera Cruz culminou na histórica megaoperação Armageddon, deflagrada em 11 de fevereiro do ano passado. Foram nove prisões e 21 pessoas indiciadas por tráfico de drogas, associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e organização criminosa armada. Cláudio Mendes Pacheco, de 44 anos, conhecido no submundo do crime pelo apelido de Toquinho, é considerado um dos líderes da facção Os Manos e foi o alvo principal da ofensiva.

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Em audiência realizada na sexta-feira, as defesas dos réus se manifestaram pela nulidade de escutas de interceptações telefônicas apuradas na investigação. Cumprindo pena na Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ), em Charqueadas, Toquinho foi trazido a Vera Cruz sob forte escolta para ser interrogado na audiência que encerrou a fase de instrução do processo. A sessão presidida pela juíza Fernanda Rezende Spenner ocorreu no Fórum do município.

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Autora da denúncia, a promotora Maria Fernanda Cassol Moreira também participou da audiência. O delegado Paulo César Schirrmann, policiais envolvidos na operação e outras testemunhas prestaram depoimento. “Com as testemunhas tendo prestado seus testemunhos e os réus interrogados, foi encerrada a fase de instrução. Agora o processo segue para a fase de memoriais”, explicou a promotora.

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Toquinho negou participação nos delitos. O advogado Mateus Porto, que faz a defesa dele, enfatizou a tese de negativa de autoria. “Analiso que a participação do Cláudio é embasada em supostas escutas telefônicas. Nessas escutas, existe um bufê de nulidades que paulatinamente estão sendo abordadas pelas defesas. A identificação da coautoria do meu cliente é muito superficial, não tem nenhuma prova técnica inequívoca. Não existe elemento de prova que indique sua culpabilidade.”

As supostas nulidades suscitadas pela defesa devem ser analisadas pelo Ministério Público e pela juíza Fernanda Rezende Spenner na próxima semana. Depois disso, o processo irá para a fase de memoriais e posterior sentença.

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