A greve dos professores estaduais continua. Isso foi o que ficou decidido no ato realizado ontem, na Praça da Matriz, em Porto Alegre. Na ocasião, pelo menos 250 educadores do Vale do Rio Pardo estiveram representando o 18º Núcleo do Cpers/Sindicato. O movimento se iniciou por volta das 10 horas, de forma pacífica. Após muita pressão dos manifestantes, algumas pessoas passaram pelas grades de proteção e chegaram à porta do Palácio Piratini.
No momento em que os professores tentaram entrar na sede do governo estadual, houve confronto com a tropa de choque da Brigada Militar, a qual utilizou spray de pimenta para forçar a dispersão. A ação fez com que o governador José Ivo Sartori recebesse o comando de greve, às 14 horas. Na pauta, estiveram as negociações referentes à finalização do parcelamento dos salários, a greve e outros assuntos.
Ao retornar da Capital, a diretoria do 18º Núcleo do Cpers se reuniu na noite de ontem, na sede da entidade, para conversar sobre novas ações de apoio aos professores que aderiram à greve. Hoje, a partir das 10h30, será inaugurada a Tenda de Defesa da Educação Pública na Praça Getúlio Vargas. O espaço vai servir como referência de mobilização até o fim da paralisação. A assessoria jurídica do Cpers estará presente na atividade para tirar dúvidas de professores.
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Para esta quinta-feira, um novo ato está sendo organizado em Porto Alegre. Às 17 horas, na Esquina Democrática, trabalhadores vão se reunir para debater as reformas trabalhistas e da previdência. No mesmo dia, o comando de greve terá um novo encontro com o governo do Estado. Até lá, a orientação do Cpers/Sindicato é de que os educadores continuem mobilizados. “Quem não paralisar as aulas estará ajudando o governo”, frisou a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer.
Adiamento na votação
Além da questão salarial, os filiados ao Cpers protestaram ainda contra o projeto de lei 148/2017, que limita o número de servidores cedidos a sindicatos. Conforme a proposta – cuja votação, prevista para ontem, acabou sendo adiada –, apenas um funcionário poderia ser cedido para cada entidade sindical. Anteriormente, o governo tentou extinguir a liberação de funcionários públicos para atuação sindical, mas alterou o projeto para ter mais chances de aprovação. Conforme o Piratini, ao menos R$ 40 milhões são gastos com servidores cedidos a sindicatos.
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