O recorde de precipitações no primeiro semestre de 2024 contribuiu para tornar este o ano mais chuvoso dos últimos cinco anos em Santa Cruz do Sul. Os dados da estação meteorológica da Gazeta do Sul, instalada no Centro, mostram um acumulado de 2.884 milímetros (mm) entre janeiro e dezembro. Abril e maio, período da enchente histórica, tiveram 508 e 660 milímetros, respectivamente. Os únicos meses com acumulados inferiores a 100 milímetros foram fevereiro e agosto.

Na comparação com 2023 – o segundo ano mais chuvoso nesse recorte temporal, com 2.337 milímetros –, o aumento foi de 23,40%. O número já é considerável, mas se torna pequeno quando comparado a 2022, 2021 e 2020. Esses três anos tiveram acumulado anual de 1.600 milímetros. Ou seja, o crescimento de 2024 em relação a eles foi de mais de 80%. Os meses de abril e maio apresentaram alta de 213% e 116%, respectivamente, em relação à média desses meses no mesmo período de 2020 a 2024.

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Chama a atenção ainda que, em oito dos 12 meses de 2024, a precipitação acumulada ficou acima da média mensal dos últimos cinco anos. Em fevereiro, julho, agosto e setembro choveu menos do que nos ciclos anteriores, enquanto nos meses restantes o volume foi maior.

O ano passado teve ainda quatro novos recordes meteorológicos no município. Abril/maio/junho foi o trimestre mais chuvoso desde que os dados começaram a ser coletados, em 1914. Esses três meses somaram 1.500 milímetros.

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O primeiro semestre também foi recordista, com 1.907 milímetros, ante um esperado de 745 milímetros. Maio foi igualmente o mês com a maior instabilidade acumulada desde que há registro: 660 milímetros em apenas 30 dias. O destaque foi o dia 1º de maio, com um total de 141 milímetros em 24 horas. E só não foi o recorde de dia mais chuvoso da história porque no anterior – 30 de abril –, foram 175 milímetros.

Em razão do grande volume de água, o Bairro Várzea teve quase todas as ruas alagadas e outros pontos da cidade sofreram com as inundações que resultaram em 11,3 mil desalojados, 284 desabrigados e duas mortes.

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Por ano

• 2020 – 1.622 milímetros
• 2021 – 1.679 milímetros
• 2022 – 1.564 milímetros
• 2023 – 2.337 milímetros
• 2024 – 2.884 milímetros

Por mês

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