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Memória

Em 1914, Santa Cruz tinha apenas dois carros e eles bateram

Motociclo de Herman Kolberg, com assento lateral estofado para o caroneiro, fazia sucesso em seus passeios pela cidade | Foto: Arquivo de Luiz Kühn

Moradores de Santa Cruz do Sul sempre foram criativos na busca de soluções para seus problemas. As antigas edições da Gazeta têm bons exemplos dessas iniciativas, muitas registradas pelas lentes do fotógrafo Guilherme Kuhn e, mais tarde, por seu filho Hugo.

Em 1918, Herman Kolberg adaptou um “antigo” motociclo para um incrementado veículo de passeio, com assento lateral. Enquanto o filho pilotava, seu Kolberg realizava visitas e negócios confortavelmente acomodado no banco. Afinal, não “ficava bem” para um senhor elegante, de chapéu, terno e gravata, andar montado na garupa da moto.

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Carlos Lund também foi criativo. Dono de uma fábrica de chapéus na atual Rua Marechal Floriano (em frente ao Corinthians), em 1910 construiu seu próprio carro de madeira, com algumas peças de ferro e rodas de carroça. O motor era usado e, quando saía para dar uma volta, a cidade ficava alvoroçada com o barulho e os cães enlouqueciam de tanto latir. Como o veículo enguiçava a toda hora, seus filhos Púbi e Táta iam junto para empurrar.

Em 1911, Henrique Melchior, dono da usina municipal, também construiu seu veículo, com um  motor de melhor qualidade. Mas este também não deu bons resultados. Com isso, em agosto do ano  seguinte, ele importou um “carro de verdade”, um Norteamericano de 16 HPs.

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Cansado de se incomodar com a “carroça motorizada”, Carlos Lund encomendou da Alemanha um flamante NAG, que chegou em dezembro de 1912. O veículo, com dois lugares, era chamado de Colibri.

Lund e Melchior propiciaram um fato que entrou para os anais das nossas histórias pitorescas. Na manhã de 6 de maio de 1914, Melchior dirigia pela Marechal Floriano e, ao abanar para alguns amigos, acabou abalroando o veículo de Lund, que estava estacionado na frente do Club União (onde hoje fica o Boticário). Nosso primeiro acidente virou piada. A cidade tinha apenas dois carros e eles conseguiram bater.

Pesquisa: Arquivo da Gazeta do Sul

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