O centroavante Elkeson, de 32 anos, foi apresentado pelo Grêmio na tarde desta quarta-feira, 13, com as presenças do diretor de futebol Sérgio Vasques e do executivo de futebol Diego Cerri. O brasileiro naturalizado chinês está empolgado com a oportunidade de defender o clube gaúcho na Série B do Brasileiro. O atleta assinou vínculo até 30 de novembro de 2022.
Elkeson volta ao Brasil após uma década na China, entre o Guangzhou Evergrande e o Shanghai Port. Antes, havia defendido Vitória e Botafogo. “É um prazer vestir essa camisa e o Diego Cerri foi muito importante nessa minha vinda. Ele passou para mim que eu teria um tempo de treinamento, já que a minha última partida foi em novembro. E é o que estou fazendo. Treinando forte”, disse.
Elkeson detalhou suas as preferências em campo. “Hoje, me sinto um centroavante. Nas minhas últimas temporadas, joguei como 9. Em algumas partidas, cheguei a jogar pelo lado também. Acredito que hoje sou um número 9, mas se o professor Roger me pedir vou tentar atuar da melhor forma”, sublinhou. Ele também salientou que espera ser chamado para a seleção chinesa. “Quero jogar a Copa da Ásia em alto nível. Quero conquistar e ajudar a China ainda”, resumiu o maior artilheiro na história da liga chinesa, com 122 gols.
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O novo reforço conversou com Diego Souza, o titular da posição. “Tive essa conversa com o Diego Souza. Temos muito amigos em comum, todo mundo fala muito bem dele. É um grande jogador. Agora, é uma expectativa de atuar ao lado do Diego, se o Roger optar. Se eu puder ajudar ele, vou dar meu melhor. O entrosamento vem no decorrer da temporada.”
Elkeson foi questionado sobre o período para readaptação ao futebol brasileiro. “Vou ter que me dedicar ao máximo para eu me adaptar o máximo possível. Tive dificuldades para me adaptar na China, mas procurei trabalhar bastante e conversava bastante com o mister. Tive uma conversa muito proveitosa com o Roger. Vou me dedicar ao máximo para isso.”
O atleta também comentou sobre como foram as tratativas do Grêmio para contratá-lo. “Foi uma opção que a gente conversou. Como fiquei nove anos fora do país, existiu a possibilidade de voltar para China. Diego me passou o projeto, conversei com a minha família. Espero que o torcedor tenha um pouco de calma, sou muito profissional, tentar estar 100% o mais rápido possível. O contrato curto foi uma ideia nossa”, disse. “Quero agradecer a todos aqui. Foi um esforço para me contratar. Acho que vim para ajudar, tanto dentro, quanto fora. Jogadores jovens e outros experientes. Todo mundo ter o mesmo foco. Todo mundo tem essa mentalidade”, complementou.
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Ele ainda acrescentou os motivos que o trouxeram para o Grêmio. “Quando cheguei no Brasil, tivemos diversas sondagens, mas nada de proposta. Naquele momento, disse não para a vários clubes. Nesses dois últimos anos, foi complicado para mim e para a minha família. Descansei um pouco. Escolhi o Grêmio pela grandeza. Em 2004, joguei uma final na base contra o clube e me chamou a atenção a organização, a camisa é uma das mais bonitas do futebol brasileiro. Acho que era o destino”, afirmou. Para o centroavante, a adaptação será rápida. “Acho que as viagens aqui são longas, assim como na China. O frio nem tanto. Porto Alegre é um pouco mais frio que o Rio, mas acho que isso não vou ter dificuldades. Temos uma estrutura muito boa aqui, fiquei impressionado com o CT do clube. Quero agradecer a todos pelo carinho. Espero contribuir a altura, sei que o torcedor cobra muito”, frisou.
O novo reforço para o ataque acredita que poderá render como nos tempos do Botafogo. Entre 2011 e 2012, foram 92 jogos e 26 gols marcados. “Eu saí do Botafogo jogando em alto nível. Tenho esse pensamento em repetir o desempenho. Peço que o torcedor tenha calma, vou ter mais duas ou três semanas para treinar”, disse. “Quando eu fui pro Botafogo, jogava mais pela beirada. Com algumas mudanças, o professor Oswaldo mudou minha função. À época, fiquei nervoso se eu ia conseguir desempenhar bem a posição. Tenho característica parecida com o Diego”, concluiu.
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