A Catedral São João Batista, considerada a maior referência arquitetônica de Santa Cruz do Sul, está passando pelo maior processo de restauração desde a sua inauguração. O projeto da pintura interna contempla oito fases de execução, enquanto o elétrico prevê a adequação da subestação, a rede elétrica e a parte luminotécnica.
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Neste ano, foram iniciados os trabalhos do restauro e da pintura das portas internas e externas; restauro e pintura das escadas de acesso ao coro; impermeabilização das passarelas superiores, em volta do telhado, e adequações da subestação. No projeto elétrico, será feita a substituição da fiação, quadro geral e painéis de controle. O investimento total é estimado em R$ 6,2 milhões. Os recursos serão captados junto à comunidade e se buscará apoio de empresas.
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O trabalho de restauração do maior templo católico em estilo neogótico da América do Sul começou neste ano e deve se estender por quatro anos. Conforme o vice-presidente do conselho, que está à frente do trabalho de restauro, Paulo Roberto Habekost, de 69 anos, o tempo de execução dos trabalhos vai depender do fluxo de entrada dos recursos. “Neste momento, estamos trabalhando na conclusão das portas internas, na escada de acesso ao coro e na impermeabilização das passarelas na parte superior, em volta do telhado.”
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As etapas também vão atingir toda a parte interna da Catedral, como o coro, o corpo da nave central e o presbitério. “Na questão da pintura, vamos manter toda a estrutura desses locais em sua originalidade, preservando todos os traços e cores do conjunto arquitetônico”, diz Habekost.
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Esta é a primeira vez que a Catedral passa por uma revitalização interna desde a inauguração, no fim de 1939 – a finalização completa da obra do templo ocorreu apenas em 1978. “Em 1996, a estrutura apenas passou por um restauro e pintura externa”, lembra o vice-presidente. Ele frisa que a pintura interna é o que mais carece de um olhar especial. “Provavelmente, quando o trabalho chegar ao corpo da nave e ao presbitério, parte da igreja deve ser interditada. Talvez algumas celebrações tenham que ser ministradas no pavilhão do Centro Comunitário da Paróquia São João Batista”, completa.
Para o pároco, padre Rodrigo Hillesheim, cabe a nossa geração manter e preservar esse espaço de religiosidade. “Os antepassados conseguiram construir essa bela igreja, então agora cabe a nós preservá-la.”
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Até o momento, o total de investimentos na restauração chega a R$ 206 mil. A fase seguinte do restauro da pintura vai atingir o coro na parte inferior e superior, e o interior das torres. O investimento deve ser de R$ 165 mil. O trabalho é executado por uma empresa do município de Relvado, que apresentou a melhor proposta.
Os recursos, oriundos da comunidade e com apoio de empresas, também serão buscados via Lei de Incentivo à Cultura (LIC), caso possível, nos próximos dias. Quem estiver interessado em contribuir para a obra deve procurar a secretaria da Paróquia São João Batista de Santa Cruz, na Rua Marechal Deodoro, 670. Ela informará os meios disponíveis.
A modernização do maior símbolo de Santa Cruz também vai proporcionar mais vida ao templo. O projeto prevê a instalação de um sistema luminotécnico nas partes externa e interna, ressaltando todas as formas arquitetônicas, estruturais e construtivas da igreja – inclusive nas duas torres de 80 metros de altura cada. Também é projetada, para o futuro, a instalação de um elevador em uma das torres, como forma de promover o acesso ao coro e viabilizar o turismo religioso, após as adequações necessárias de segurança no local.
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De acordo com o vice-presidente do conselho, Paulo Roberto Habekost, a Catedral conta com boa parte das instalações elétricas originais e isso precisa ser modernizado e atualizado. “Esse projeto luminotécnico vai trazer mais vida à igreja, mostrando os detalhes que passam despercebidos ao olhar do público.” Atualmente o acesso às torres não é permitido, somente para pessoas autorizadas, para eventuais manutenções, pois o local não tem Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) específico e requer melhorias e adequações para a segurança dos visitantes. O acesso do público é permitido apenas até o coro, no segundo andar da igreja.
“O projeto elétrico contempla ponto de energia para a instalação do futuro elevador, que dará acesso ao coro e interior da torre até o coruchéu, e melhora da acessibilidade a pessoas com deficiência. É uma forma de estimular, no futuro, o turismo na Catedral”, diz o tesoureiro do conselho, Leandro Agostinho Kroth, de 62 anos. A ideia é que o elevador seja instalado na parte interna de uma das torres. No entanto, não há um período definido para isso acontecer.
A Catedral também receberá um museu diocesano, que deve ser instalado abaixo do presbitério, em um dos espaços disponíveis no porão. O local terá ponto de energia para instalações elétricas e ar-condicionado e será mantido pela própria diocese. Os três lustres centrais do templo também vão ser substituídos por maiores, para melhorar a iluminação.
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