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Eles querem assistir e conquistar o tri da Libertadores

Dois ônibus com quase 80 gremistas e muita, mais muita expectativa. Todos eles querem, acima de tudo, voltar para casa com mais um título de campeão da Libertadores. Os torcedores se reuniram no início da tarde desta terça-feira, 28, no consulado do Grêmio em Santa Cruz do Sul, na Rua Villa Lobos. Por volta das 13 horas, partiram rumo à Argentina.

A viagem, de mais de 1,2 mil quilômetros, é até o município de Lanús, onde o Tricolor irá enfrentar o Club Atlético Lanús, às 21h45 (em horário de Brasília) desta quarta-feira, 29. O trajeto deve ser percorrido em até 20 horas – por causa do tempo de espera na aduana. Preparados com faixas e bandeiras, os gremistas já ensaiavam a comemoração para o tri da Libertadores. “Ser campeão é o que importa”, comenta o cônsul do Grêmio em Santa Cruz, Pedro Herberts.

Ele, que tem 23 anos, era muito pequeno para lembrar da última vitória do Tricolor na competição. “Se Deus quiser, vai ser a minha primeira comemoração de Libertadores. Desde pequeno, sempre Grêmio.” Ele comenta que, além da viagem organizada pela entidade para a Argentina, o consulado ainda promove um evento na própria sede, para que os torcedores possam acompanhar o time. Pedro estima que cerca de 400 pessoas irão até o local para torcer pelo Tricolor.

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O cônsul do Grêmio em Santa Cruz, Pedro Herberts
Foto: Lula Helfer

Da mesma forma que ele, a estudante de Direito, Bárbara Luise Locatelli, de 21 anos, não viveu a última conquista gremista da Libertadores. Ela, que veio de Estrela para participar da excursão, quer trazer o título para casa e comemorar intensamente a vitória. “A expectativa é muito grande. A gente só quer saber de ser campeão, passar o fim de semana todo comemorando”, comentou.


Bárbara veio de Estrela para participar da excursão
Foto: Lula Helfer

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Querendo a terceira vitória

Já o empresário Rafael Stein, de 40 anos, pôde acompanhar ambas as conquistas tricolores na Libertadores. Ele quer, amanhã, escrever mais um pedacinho desta história azul, lá na Argentina – marcada pelo campeonato de 1995. “Eu tinha muito menos idade, vi aqui mesmo em Santa Cruz, pela TV. Mas foi uma loucura. Se tudo der certo, acho que o sentimento vai ser maior, porque eu vou estar lá.” O gremista não esconde os sentimentos que cercam o título. “A gente tem a expectativa da vitória, mas também tem a ansiedade porque não tem nada definido. Esse jogo está em aberto.”

Lembrando daquela vitória, o empresário comenta a grande expectativa sobre o time. “Foi muito bom, o time da Libertadores de 95 foi um time muito forte, um time único. Mas o de hoje é um grande time também”, comentou. E Rafael tem uma missão importante para cumprir nesta quarta-feira. O filho, de 3 anos, já fez o papai prometer: “meu filho já me pediu para voltar campeão, então é nosso, a gente vai conseguir.”

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Empresário Rafael Stein viu o Grêmio vencer em 1995 e quer repetir o feito
Foto: Lula Helfer

A partida

Já na noite dessa segunda-feira, 27, a torcida gremista mostrou toda a empolgação com a partida ao se despedir da delegação Tricolor no Aeroporto Salgado Filho. Pela contagem do time, pelo menos 4 mil pessoas foram até o terminal para apoiar e incentivar o grupo. E a expectativa não fica somente em Porto Alegre: em Santa Cruz e em todo o caminho até Lanús os tricolores vão eufóricos pela vitória.

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“A gente conseguiu um a zero em casa, o jogo era bem difícil, mas a gente acredita que lá vai ser melhor, o Grêmio joga muito bem fora de casa, e nós vamos com tudo, acreditando sempre até o final”, afirmou Bárbara. E assim, até o último minuto de partida e a decisão final, os torcedores não param de querer conquistar a América mais uma vez, 22 anos após a última vitória em Libertadores. Uma certeza é que o cântico sagrado será entoado e, outra vez, marcará este momento: “com o Grêmio onde o Grêmio estiver…”

Homenagem

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Além da euforia e da torcida, o momento também é de homenagem e orações para os mesmos gremistas. No último domingo, 26, Gustavo Schmidt, de 23 anos, lembrado pelos amigos como um dos gremistas mais alegres da torcida, faleceu no Hospital Ana Nery, vítima de câncer.

Em lembrança daquele que não poderá assistir à partida com os amigos, o grupo produziu uma faixa, preta e azul, com os dizeres “Gu, eterno”. Assim, em uma singela homenagem, os parceiros de torcida e de empolgação, levam consigo um pedacinho do amigo, para acompanhar e torcer, vibrar e se emocionar na busca pelo título.


Gustavo, que faleceu no domingo, será homenageado pelos amigos
Foto: Lula Helfer

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