Professor e comunicador, Eleno Hausmann, de 59 anos, teve o prazer e a honra de estar nos Jogos Olímpicos de Paris no período entre 26 de julho e 11 de agosto. Natural de Estrela e radicado em Santa Cruz do Sul desde 1982, Eleno representou a Gazeta Grupo de Comunicações pela sexta vez em Olimpíadas. Registros diários do que ocorria na França eram transmitidos por meio de boletins na Rádio Gazeta FM 107,9 e coluna na Gazeta do Sul e Portal Gaz.
Uma das diferenças desta edição é que Eleno deixou o Brasil com o pré-credenciamento de imprensa para fazer a cobertura. Com isso, ele estava liberado para estar no centro de imprensa, ter acesso às notícias de última hora e visitação aos locais históricos para saber como foi a organização do evento. Além disso, teve condições de conviver com jornalistas de diversos países.
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A abertura foi realizado a céu aberto, em um percurso de seis quilômetros ao longo do Rio Sena, desde a ponte Austerlitz até a ponte D’Lena, que dá acesso ao Trocadéro e Torre Eiffel. Contudo, o acesso não era simples. Havia bloqueios de até dez quilômetros e policiamento reforçado, com 600 mil agentes. “Com a credencial que eu tinha, eu fui direcionado e consegui chegar perto do embarque das delegações nos barcos. Pude ver muito de perto quando soltaram a fumaça com as cores da bandeira francesa na ponte. Foi um momento marcante e de muita emoção”, destacou.
Eleno certamente vai dizer que a melhor Olimpíada em que esteve foi a de Londres, em 2012. Estava acompanhando Fabiano Peçanha e a família do atleta. Havia uma expectativa em relação à prova dele e uma união muito grande no dia a dia londrino. “Foi uma energia sensacional. Criamos o ‘time olímpico’ naquela oportunidade. Várias pessoas de Santa Cruz do Sul que fazem parte. Em Paris, apenas o Fabiano e a Jaque Weber estiveram. Estamos trabalhando para que todos estejam em Los Angeles”, sublinhou.
Em Paris, a principal característica citada por Eleno foi a proximidade com os atletas brasileiros. Teve a oportunidade de entrevistar, conversar, abraçar e tirar fotos com medalhistas. Segundo ele, a Casa Brasil foi um atrativo. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) montou a estrutura no Parc La Villette, na zona norte da capital francesa. “A Casa Brasil proporcionou vivência olímpica mesmo para quem não tem ingresso”, explicou. “Foi a edição de maior investimento do COB e a que deu mais possibilidade de interação”, complementou.
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Eleno conseguiu acessar diversos locais de competições. Garantiu presença em esportes variados como basquete, futebol, vôlei, atletismo, natação e handebol. Na Casa Brasil, havia possibilidade de entrevistas com os atletas após os jogos.
“Um dia antes do Brasil enfrentar os Estados Unidos no basquete, pude entrevistar Marcelinho Huertas, Vitor Benite e o assistente Helinho Rubens. Foi legal relembrar algumas coisas, principalmente a classificação para o pré-olimpico no Ginásio Poliesportivo Arnão, em Santa Cruz do Sul”, relatou.
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Eleno conta a emoção de ver o encontro da dupla Jackie Silva e Sandra Pires, ouro em Atlanta 1996 no vôlei de praia, com a dupla Ana Patrícia e Duda, que estiveram no alto do pódio em Paris. O professor assistiu o documentário sobre Vanderlei Cordeiro de Lima, bronze em Atenas 2004. O brasileiro liderava a maratona quando foi atrapalhado pelo ex-padre irlandês Cornelius “Neil” Horan, que o agarrou. O grego Polyvios Kossivas, que ajudou Vanderlei a se desvencilhar, morreu em janeiro do ano passado.
“Ele se emocionou com a minha história. Tive oportunidade de conversar bastante com ele. Evidentemente, o Vanderlei não lembrava de mim. Na abertura, foi bonito como a França valorizou os ídolos do esporte. É o grande legado. Independente da faixa etária, da etnia e da modalidade. É uma lição para nós, que trago para Santa Cruz do Sul. Investimento intenso no esporte, de forma profissional. Fará com que as crianças possam sonhar com novas possibilidades para o futuro”, analisou.
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Eleno Hausmann manifesta torcida para que Jaqueline Beatriz Weber consiga a sonhada vaga nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, na prova dos 800 metros. O comunicador acredita que nos próximos quatro anos, outros atletas podem surgir até mesmo em Santa Cruz do Sul, em condições de conquistar o índice para o evento de 2028.
Na avaliação de Eleno, judô e ginástica artística foram os dois esportes com melhor ciclo, o que possibilitou a conquista de muitas medalhas para o Brasil. “Cada confederação, federação e clubes devem fazer suas avaliações para que possam crescer ainda mais. A Olimpíada é importante para que os jovens conheçam as modalidades e possam praticá-las. As potências olímpicas geram resultados pelo amplo trabalho desenvolvido em praticamente todos os esportes do programa olímpico”, enfatizou.
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Eleno Hausmann agradeceu o apoio da Gazeta Grupo de Comunicações, por meio do gestor de conteúdo multimídia, Romar Beling, e também ao Colégio Mauá, principalmente em nome do diretor Nestor Raschen, que acredita muito no esporte, na cultura e na educação.
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