Apesar de a pandemia ter dado uma recuada nos índices divulgados pelas autoridades dos municípios e do nosso Estado, os cuidados continuam e a fiscalização é severa para com os estabelecimentos que não estiverem cumprindo as regras, inclusive com multas pesadas contra os bares e restaurantes, que já estavam brigando contra os prejuízos. Alguns se obrigaram a vender bens para se safarem das dívidas.
Estava em Garopaba no mês de março, quando eclodiram os noticiários nos órgãos de comunicação. Minha nora, Janice, ficou apavorada com a situação inusitada do surgimento da Covid-19 naquele momento. Retruquei e falei que havia exagero na propaganda.
A repetição “Fique em Casa” encerrou as famílias nos domicílios. Durante duas longas semanas, não vi meus netos. Ou somente quando passavam aqui em casa, paravam o carro na rua, podendo espiá-los pela janela fechada do veículo. “Coisa triste”, pensei cá com meus botões.
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Outro dia, fui participar de um programa de rádio. Estava com saudades dos colegas. Notei que me olhavam de soslaio. Desconfiado, saí de fininho e não retornei. Psicologicamente abalado, confinei-me em casa. Todavia, fiquei viciado nas séries da Netflix. Estou vendo Ressurection – Ertugrul.
No dia 15 de novembro, os idosos saem de casa. Estão liberados para o voto obrigatório. Nesse dia, com certeza, a contaminação dará uma pausa. O nosso horário reservado será das 7 às 10 horas. As autoridades recomendam que usemos máscara, lambuzemos as mãos de álcool gel e levemos a caneta. Caso o mesário não nos reconhecer, devemos tirar a máscara e, para demonstrar a nossa felicidade, sorrir.
Falando sério, a eleição municipal é o momento em que o eleitor, livremente, escolhe seu prefeito e vereador. Nesse ano, será uma eleição atípica. Hipoteticamente, o candidato não pode fazer comícios e estar perto dos eleitores. Se está acontecendo isso ou não, tenho minhas dúvidas.
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Tenho conversado com meus amigos da cerveja gelada e, nesses grupos, as eleições municipais fervem nesse momento. Alguns já têm um candidato a prefeito e o defendem e dão discursos, embasados em sua verdade. E se tiver alguma escolha contrária, procuram denegrir a imagem daquele adversário, baseados em fake news. Vale tudo. Durante o ano, proíbem os seus amigos de falar em política. Não gostam ou não entendem, justificam. Esse voto decide eleições.
Outra pessoa manifestou seu descontentamento com os candidatos a vereador. Afirmou que eram muito fracos. Respondi que estava enganado. Argumentei que analisasse, atentamente, a lista dos nomes, sendo que uma boa parte era composta de ótimos pretendentes para a vaga no Legislativo. Fez isso e escolheu o melhor, no seu ponto de vista.
A eleição está nas suas mãos: que cada um vote no melhor candidato para nosso município. As gerações futuras agradecem.
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