O brasileiro Anderson Silva retornou ao octógono do UFC com vitória, após 13 meses afastado das lutas. Ele venceu por decisão unânime dos juízes, em cinco assaltos, na madrugada deste domingo, 1º, o americano Nick Diaz, em Las Vegas. Logo após o anúncio do resultado, fortemente emocionado, Anderson se deitou no chão e foi ajudado a levantar pelo rival. “É um momento importante para mim, para minha família e para todos os brasileiros. Por tudo que sofri este ano e cheguei a achar que não ia voltar a lutar no começo”, festejou Anderson após a luta, que ao aplicar vários chutes com a perna esquerda, demonstrou que está plenamente recuperadoda fratura que sofreu em sua luta anterior, contra Chris Weidman. “Obrigado a minha família, a meus filhos e amigos.” E também agradeceu a Diaz pela oportunidade.
Desde o início do combate, o “Bad Boy” Diaz provocou o brasileiro. Falou “vamos lá” para Anderson, chamou com gestos o brasileiro para que o atacasse, baixou a guarda e até chegou a se deitar. Fugindo de suas características, Diaz deixou que o brasileiro tomasse a iniciativa no primeiro assalto que teve boa troca de golpes e no qual Anderson já arriscou chutar com a perna esquerda. No assalto seguinte, mais provocações da parte do americano, que passou a tomar a iniciativa, abrindo espaço para Anderson trabalhar nos contragolpes. Diaz terminou o assalto com um corte no supercílio esquerdo.
No terceiro assalto, que contou com boa troca de golpes, Anderson passou a desferir os golpes mais precisão. Houve troca franca de golpes em várias oportunidades, sempre com grande vantagem do brasileiro, padrão que continuou até o fim do combate. Com a vitória, Anderson manteve a posição de primeiro do ranking dos médios. “Eu sempre fui para a frente. Não entendi essa marcação dos jurados, talvez eles não gostem da minha atitude”, protestou o ex-campeão dos meio-médios do Strikeforce, promoção assimilada pelo UFC que subira de peso nesta luta e que estava há mais tempo sem lutar do que Anderson.
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Os compromissos programados de Anderson agora são assumir o papel de técnico no reality show “The Ultimate Fighter” e desafiar pelo título o vencedor do duelo entre Vitor Belfort e Chris Weidman, o homem que tomou seu cinturão. Porém esse confronto, originalmente previsto para o fim de fevereiro, foi adiado depois que Weidman sofreu uma lesão. Um cenário que não pode ser descartado é o de o UFC decidir coroar um campeão interino, que manteria a divisão viva até o retorno de Weidman.
Noite brasileira em Las Vegas
Tomada por brasileiros, Las Vegas viu todos os lutadores tupiniquins vencerem suas lutas no evento. Na abertura do card preliminar, Thiago Marreta não tomou conhecimento e nocauteou o americano Andy Enz ainda no primeiro round. Em seguida, no único confronto brasileiro da noite, Ildemar Marajó levou a melhor sobre Rick Monstro e venceu por decisão dividida. Já Rafael Natal derrotou Tom Watson por decisão unânime.
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Numa das lutas mais aguardadas da noite, o peso-mosca John Lineker derrotou Ian McCall por decisão unânime. O brasileiro, natural de Paranaguá (PR), porém, não terá a chance de disputar o cinturão contra o campeão da categoria, Demetrious Johnson. Lineker não bateu o peso pela quarta vez em oito lutas no Ultimate e o presidente Dana White avisou que ele terá que lutar na categoria de cima, a dos galos. Diego Brandão seria mais um lutador a se apresentar no UFC 183, mas sua luta foi cancelada evido ao adversário, Jimy Hettes, ter passado mal momentos antes do combate.
No card principal, além de Anderson Silva, outros dois lutadores se deram bem. O peso meio-médio Thiago “Pitbull” Alves, ex-desafiante da categoria, teve dificuldades no início, mas acertou um forte chute na cintura do canadense Jordan Mein, derrotando-o por nocaute no início do segundo round. Já o peso-médio Thales Leites, que já foi adversário do Spider, alcançou a sua quinta vitória consecutiva desde seu retorno ao UFC, em 2013. Com um katagatame, ele apagou o norte-americano Tim Boetsch, para o delírio da torcida brasileira.
Card Principal
Anderson Silva derrotou Nick Diaz por decisão unânime (49-46, 50-45, 50-45)
Tyron Woodley derrotou Kelvin Gastelum por decisão dividida (29-28, 28-29, 30-27)
Al Iaquinta derrotou Joe Lauzon por nocaute técnico no segundo round
Thales Leites derrotou Tim Boetsch por finalização (katagatame) no segundo round
Thiago Pitbull derrotou Jordan Mein por nocaute técnico no segundo round
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Card Preliminar
Miesha Tate derrotou Sara McMann por decisão majoritária (29-28, 29-27, 28-28)
Derek Brunson derrotou Ed Herman por nocaute técnico no primeiro round
John Lineker derrotou Ian McCall por decisão unânime (triplo 29-28)
Rafael Natal derrotou Tom Watson por decisão unânime (30-27, 30-27, 30-26)
Ildemar Marajó derrotou Rick Monstro por decisão dividida (29-28, 28-29, 29-28)
Thiago Marreta derrotou Andy Enz por nocaute técnico no primeiro round
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