Em resposta da manifestação do vereador Henrique Hermany (Progressistas) e seu advogado, foi a vez de Nicole Weber (Podemos), Leonel Garibaldi (Novo) e Francisco Carlos Smidt (Novo), integrantes da Comissão de Ética da Câmara de Vereadores, se posicionarem na Rádio Gazeta.
A tramitação do relatório sobre a conduta do vereador Henrique Hermany (Progressistas) está suspensa desde o último domingo, 19. O documento analisa as informações reunidas durante a Operação Controle, deflagrada pelo Ministério Público (MP), que investigou crimes como organização criminosa, peculato e fraude em licitações e contratos.
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Na entrevista realizada nesta segunda-feira, 20, o advogado de Hermany, Diogo Frantz, explicou que o pedido foi realizado a partir de novas provas anexadas pela Comissão de Ética, que não tinham sido apresentadas para o réu realizar direito de defesa. Sobre isso, Garibaldi disse que a prorrogação de prazo justificada para emitir o relatório final está autorizada no Código de Ética. “Quando saiu a decisão judicial, nós acatamos o pedido do juiz e demos a possibilidade do vereador afastado se manifestar em relação a essas provas e ao relatório final, algo que não está previsto no Código”, explica.
Os vereadores Weber e Smidt também se pronunciaram sobre o assunto. Segundo eles, o pedido para apresentar novas provas realizado por Hermany é uma estratégia de adiar o avanço do processo: “Em um primeiro momento, nas provas mais amplas, ele teve direito de trazer a sua defesa, testemunhas, e não o fez. E agora, no complemento de provas, ele requer essa possibilidade. Não estou questionando, é um direito que ele tem, só me chama atenção”, disse Francisco Carlos Smidt.
Nicole Weber complementou: “Ele não se defende das acusações. […] Na segunda manifestação que ele fez, diz que não responderia mais a este colegiado pois [o processo] está em sigilo, aí quando fica pronto o relatório ele entra com liminar corrida pedindo defesa, sendo que ele disse que não queria mais se manifestar”.
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A vereadora também comentou sobre outros tópicos que Henrique Hermany trouxe ao longo de sua fala na Rádio Gazeta. Primeiramente, falou que repudiava os ataques pessoais realizados aos membros e que tudo se tratava de uma obrigação profissional da Comissão de Ética. “Ele esperava que disséssemos ‘vamos olhar todos esses crimes, provas, transcrições, vídeos em depoimento, conversas de whatsapp e e-mail’ e disséssemos ‘não vamos fazer isso com um colega nosso’. Se vocês vissem isso, não dá para ficar a favor”, disse.
A presidente da Comissão também desabafou uma preocupação dos acontecimentos na Câmara: segundo ela, quando disponibilizou pen-drive com evidências, apenas três vereadores manifestaram interesse em vê-las. Ela pede que os colegas busquem o conteúdo, para conseguirem dar seus votos favoráveis ou contrários no caso quando necessário.
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