O projeto de lei que quer acabar com o vale-alimentação para funcionários da Prefeitura durante o período de férias ou de atestado vem esquentando debates. Um dia após o prefeito Telmo Kirst (Progressistas) alfinetar o presidente do Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Santa Cruz do Sul (Sinfum), José Bonifácio Almada, o sindicalista respondeu ao chefe do Executivo em entrevista à Rádio Gazeta na manhã desta quinta-feira, 28.

LEIA MAIS

• ‘Sacanagem é receber sem trabalhar’, diz Telmo sobre vales
• Prefeitura quer mexer nos vales transporte e alimentação

 

​Nessa quarta, Kirst disse que “sacanagem é receber sem trabalhar” e comentou sobre o caso de Almada ter sido condenado na Justiça a devolver para a Prefeitura o valor recebido indevidamente no auxílio-alimentação. O presidente do Sinfum respondeu. “Assumi o sindicato em 2009 e continuei recebendo o vale [até 2011] porque era meu direito. A lei do município não especifica nada sobre isso, e a constituição do Rio Grande do Sul diz que quem tem licença classista deve continuar recebendo”, justificou Almada. “O prefeito chegou brigando comigo, mas ele está brigando com toda a categoria.”

Sobre a suspensão dos R$ 515,00 de vale-alimentação no mês em que o funcionário entrar em férias ou durante o período de atestado, o sindicalista reivindicou que a categoria já recebe poucos benefícios, e esse não deveria ser cortado, mas sim reorganizado. “O prefeito disse que o corte não é questão de economia, então vamos pegar os R$ 515,00 e dividir por 11 para entrar nos outros meses do ano e aumentar nosso vale”, sugeriu o presidente.

Ouça na íntegra a entrevista de José Bonifácio Almada:

LEIA MAIS

• Pressão dos servidores contra mudanças recai sobre a Câmara
• Servidores da Prefeitura reagem contra mudanças nos vales
• Como é a regra dos vales em outros municípios