Ele é o Capitão e o número 5

Se falarem: “Ei, Tiago, vamos bater uma bolinha?”, com toda a certeza ele vai estranhar ser chamado pelo nome, mas não hesitará em fazer o que mais gosta: jogar futebol. Entre amigos, um cara extremanente humano; Na quadra, um típico guerreiro que não mede esforços para chegar aonde quer. No trabalho como facilitador de oficinas do Peti (do Cras Nascer do Sol), de Sobradinho, é um professor. Quase pai dos alunos. Ensina na formação do caráter, na disciplina, no respeito, na união e amizade entre os grupos. Cinco valores primordiais, cinco na camiseta, cinco no apelido. Esse é “Misco”, o capitão da Associação Esportiva Sobradinho.

Natural de Novo Hamburgo, o pequeno Tiago Rosa da Silva, de 31 anos, só não tem muito tamanho, mas o 1,65 metro, centímetro por centímetro, é vontade. Garra para ser marido, pai e professor, além de um fixo exemplar no Futsal. O mais novo dos seis irmãos, filho de dona Osmilda da Silva “Nena”, que virá a Sobradinho para assistir ao jogo da final neste sábado no Parque da Fejão, teve uma infância humilde e, talvez por isso, saiba conviver tão bem entre a vastidão de classes sociais. Deu os primeiros passos na UJR, de Novo Hamburgo, no futsal profissional e lá mesmo começou sua caminhada em serviços sociais. “Eu dava aula num projeto social e jogava. A única coisa que recebíamos era o amor das crianças e uma pequena ajuda de custo”, conta.

Foi, depois, para o Gustavo Schreiber, de São Leopoldo, onde ficou por meio ano e, em seguida (2008) começou a jogar na Asaf de Santo Angelo. Em 2009, aportava em Sobradinho para defender as cores do “Time da Terra do Feijão”. A princípio, era somente um teste, mas adotou a cidade. Por questões financeiras, foi para a Assoeva, de Venâncio Aires por um ano. Em 2013 voltou à cidade. 

Entre 2013 e 2014, foram lágrimas e conquistas, dentro e fora de quadra. Dentro de quadra, ajudou a conseguir bons resultados e também amargou muitas derrotas.

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