A paixão pelas pistas fez a nutricionista Bruna Assmann, de 34 anos, participar da principal categoria brasileira de corrida de caminhões, a Fórmula Truck. Todo mês, a santa-cruzense viaja pelo Brasil para ocupar seu cargo de piloto do Pace Truck nas etapas. O veículo funciona como uma segurança para os motoristas que disputam as corridas. Em todo início de competição, os pilotos dão uma primeira volta, como que conduzidos por Bruna, para a direção de prova avaliar as condições da pista. “Se estiver tudo certo, eu desligo as luzes, o que sinaliza a largada para os pilotos. Depois, entro no box e fico em contato com a torre de comando”, explica.
Bruna é acionada a voltar em caso de acidente ou se um caminhão parar em local que coloque outros em risco. Quando isso acontece, os competidores precisam se alinhar em baixa velocidade até a pista estar em condições seguras para seguir a corrida. É o Pace Truck que os guia.
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A oportunidade surgiu em setembro do ano passado. Contudo, a participação de Bruna nas corridas é antiga. Sua família era amiga de Aurélio Batista Félix, idealizador e organizador da Fórmula Truck, que sempre os recebia nas corridas. Em 2003, já viajava para as competições e pilotava o Truck Test, que leva os visitantes do paddock (que tem entrada exclusiva para conhecer os box e pilotos) para passear de caminhão pela pista.
Os veículos fazem parte, literalmente, da linhagem de Bruna. “O amor por caminhões e pelo automobilismo vem de berço. Meus dois avós eram caminhoneiros, meu pai também tinha transportadora há 32 anos e corria. Eu cresci nesse meio”, diz.
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Sempre que possível, seus pais e padrinhos viajam com ela de motorhome para acompanhar as competições. E o sentimento pelas corridas já foi passado para frente na família. A pequena Lara, de 3 anos, se identifica com a paixão da mãe. “É uma apaixonada por caminhões, já tem macacão, sempre que pode, está junto comigo nas competições.”
Assim como o legado para a filha, o automobilismo vai estar para sempre enraizado na vida de Bruna. “Acredite nos seus sonhos”, tatuou no braço, com a figura de um caminhão.
O preconceito contra mulheres no trânsito ainda está presente em falas machistas e olhares tortos. Ainda mais quando uma atua em um caminhão, que, para muitos, é um trabalho “masculino”. Bruna confirma o ditado: “lugar de mulher é onde ela quiser”. Nas redes sociais, ela compartilha o dia a dia nas pistas e inspira outras mulheres. “Eu vejo que a admiração é muito maior que o preconceito”, diz.
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Ela também reforça que, na Fórmula Truck, as mulheres são bem-vindas e acolhidas. Inclusive, a própria Bruna pensa em seguir no meio, para outros rumos. “Já recebi propostas de formar equipe, quem sabe mais pra frente não assumo um caminhão”, finalizou.
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