Polícia

“Ela tinha que estar no banco dos réus também”, diz tia de Cleisinho sobre mulher apontada como pivô de homicídio

Está acontecendo nesta quinta-feira, 18, o julgamento de Diogo Francisco da Silva, de 23 anos, apontado como autor do assassinato de Cleison dos Santos, de 21 anos. O caso analisado por um corpo de jurados formados por cinco homens e duas mulheres aconteceu em 12 de março de 2022, em uma residência da Rua Professor Léo Winterle, no Loteamento Santa Maria, Bairro Dona Carlota, e gerou ampla repercussão no município.

A sessão é presidida pela juíza Márcia Inês Doebber Wrasse. O promotor Gustavo Burgos de Oliveira representa o Ministério Público (MP) e atua na acusação, enquanto o defensor público Arnaldo França Quaresma Júnior faz a defesa de Diogo. Conforme as investigações da Polícia Civil e a denúncia do MP, Diogo flagrou sua companheira com Cleison na cama, na madrugada de 12 de março de 2022. Movido por ciúmes, matou a vítima com golpes de um pedaço de ferro e uma faca.

Defensor público Arnaldo França Quaresma Júnior
Juíza Márcia Inês Doebber Wrasse
Promotor Gustavo Burgos de Oliveira
Réu Diogo Francisco da Silva

LEIA MAIS: Família de Cleisinho teme represálias de foragido apontado como assassino

Publicidade

Cleisinho chegou a ser degolado com uma facada no pescoço e também levou outra nas costas. Depois, foi enterrado em uma cova rasa no Loteamento Santa Maria. Tia que criou Cleisinho desde os 8 anos dele, a cuidadora de idosos Sandra Liliane dos Santos, de 45 anos, não escondia as lágrimas ao ouvir o promotor e o delegado relembrando como o sobrinho era trabalhador e não tinha envolvimento com nada de errado. Ela, assim como sua filha e prima da vítima, Sandriele dos Santos, de 20 anos, e a amiga do jovem assassinado, Júlia Carolina Xavier Porto, de 26, estavam no júri usando camisetas com a foto de Cleison e frases em sua homenagem.

Para Sandra, a mulher, que chegou a ser apontada pelo delegado Alessander Zucuni Garcia em seu depoimento como pivô da briga entre Cleisinho e o réu Diogo, também deveria ser julgada. “Ela tinha que estar no banco dos réus também, ela foi a pivô de toda essa história”, disparou a tia, que cuidava do rapaz desde que os pais dele foram morar no interior e, conforme o chefe da 2ª Delegacia de Polícia, não sossegou nas buscas pelo sobrinho, dado inicialmente como desaparecido. “É horrível reviver essa história. É uma dor que nunca vai ter fim”, complementou Sandra.

LEIA MAIS: Autor do homicídio de Cleison dos Santos alega legítima defesa

Publicidade

Tanto na investigação da Polícia Civil quanto na denúncia do MP, embora bastante citada, a mulher que era casada com Diogo e teve um caso com Cleison, não foi indiciada ou denunciada pela prática de qualquer crime. Para a tia, no entanto, causa estranheza o fato de o réu ter sido apontado como único que teria levado a vítima até uma cova para enterrá-lo. “Como ele ocultou o cadáver? Ele não fez isso sozinho.” O nome e a idade da mulher estão sendo mantidos em absoluto sigilo pelo Poder Judiciário.

LEIA MAIS NOTÍCIAS DE POLÍCIA

Chegou a newsletter do Gaz! 🤩 Tudo que você precisa saber direto no seu e-mail. Conteúdo exclusivo e confiável sobre Santa Cruz e região. É gratuito. Inscreva-se agora no link » cutt.ly/newsletter-do-Gaz 💙

Publicidade

Cristiano Silva

Cristiano Silva, de 35 anos, é natural de Santa Cruz do Sul, onde se formou, na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), em 2015. Iniciou a carreira jornalística na Unisc TV, em 2009, onde atuou na produção de matérias e na operação de programação. Após atuar por anos nos setores de comunicação de empresas, em 2013 ingressou no Riovale Jornal, trabalhando nas editorias de Geral, Cultura e Esportes. Em 2015, teve uma passagem pelo jornal Ibiá, de Montenegro. Entre 2016 e 2019, trabalhou como assessor de imprensa na Prefeitura de Novo Cabrais, quando venceu o prêmio Melhores do Ano na categoria Destaque Regional, promovido pelo portal O Correio Digital. Desde março de 2019 trabalha no jornal Gazeta do Sul, inicialmente na editoria de Geral. A partir de 2020 passou a ser editor da editoria de Segurança Pública. Em novembro de 2023 lançou o podcast Papo de Polícia, onde entrevista personalidades da área da segurança. Entre as especializações que já realizou, destacam-se o curso Gestão Digital, Mídias Sociais para Administração Pública, o curso Comunicação Social em Desastres da Defesa Civil, a ação Bombeiro Por Um Dia do 6º Batalhão de Bombeiro Militar, e o curso Sobrevivência Urbana da Polícia Federal.

Share
Published by
Cristiano Silva

This website uses cookies.