Solidariedade e empatia são palavras simples para definir o trabalho de Ana Beatriz Ebert, 51 anos, junto à comunidade. Natural de Rio Pardo, Ana Beatriz se mudou ainda criança, com seis anos, para Santa Cruz do Sul. São anos de aprendizados, amor pelo que faz e transformação de vidas, tanto em Santa Cruz quanto em outros municípios em que atuou junto a projetos de reintegração de dependentes químicos e detentos.
As adversidades encontradas na reinserção de apenados e de usuários de droga na sociedade não são pequenas. O preconceito é limitante e faz, muitas vezes, com que não haja possibilidade de uma nova vida para quem deseja mudar. Com o objetivo de minimizar este problema, há cerca de 16 anos, foi criado o Grupo de Apoio a Pessoas com Dependência Química (GAF) na Igreja Batista de Santa Cruz do Sul.
O grupo realiza encontros semanais e possibilita aos interessados, independente da idade ou crença religiosa, rodas de conversa e apoio para quem busca um tratamento mais amplo em clínicas de reabilitação. O GAF oportuniza, além de um tempo dedicado à recuperação do paciente, a chance de participar de cursos de qualificação para buscar uma colocação no mercado de trabalho. O foco é dar atenção e apoio necessário para pessoas que querem ser ajudadas e, mesmo após o paciente passar pela clínica, o grupo indica que haja continuação do acompanhamento das reuniões, das quais os familiares também participam.
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Desde sempre ajudando a comunidade, Ana já atuou com o Grupo de Apoio de Vera Cruz, onde pôde auxiliar dependentes de drogas lícitas e ilícitas, e esteve à frente de um projeto com apenadas no Presídio Regional de Santa Cruz. Integrante do GAF há 12 anos, ela conta como foi “escolhida” para atuar com o grupo: “Foi amor à primeira vista, é um trabalho gratificante. Costumo dizer que aprendo muito mais com as mães que participam do grupo do que elas comigo”.
Não há uma estimativa de quantas pessoas foram ajudadas, mas, com certeza, houve diversas vidas que tomaram novos rumos com o apoio de Ana, e outras que ainda lutam para tentar mudar. “Durante todos esses anos, muitas pessoas mudaram de vida, é uma luta diária e difícil. Muitos não se mantêm livres da dependência química por muito tempo, mas é preciso perseverança para continuar”, explica Ana.
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Com cursos de liderança e facilitadora de grupo de apoio, Ana dedica-se quase que em tempo integral ao GAF. Na família, ela encontra apoio do marido, Alberto, para tocar o projeto, que ambos coordenam há oito anos. Ela conta que, mesmo sendo um trabalho difícil, não se vê fazendo outra coisa: “Eu amo o que faço, tenho um carinho muito grande por esse trabalho.”
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