Em 2023, o inverno tem sido marcado por fortes chuvas e temperaturas acima da média. Julho chegou a ser o mês com mais precipitação desde janeiro de 2021, com 281,2 milímetros. Além disso, dois ciclones atingiram o estado nos últimos meses, deixando milhares de pessoas desabrigadas e causando grandes prejuízos. Porém, embora esses eventos sejam comumente atribuídos ao fenômeno El Niño, os meteorologistas Flavio Varone e Lucas Fagundes, do governo estadual, acreditam que não tenha ligação.
Os profissionais afirmam que o clima no estado começa a ser influenciado pelo fenômeno no final do inverno. Contudo, é principalmente durante a primavera que devem acontecer os eventos mais severos, com evidência maior de ciclones. “Esses sistemas podem se intensificar um pouco mais, resultando em maior frequência de fenômenos adversos”, alerta Varone.
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Ainda sobre a estação que começa em aproximadamente um mês, Varone aponta que o período por si só já apresenta eventos severos. “A ocorrência de um El Niño muito forte pode intensificar esses fenômenos. Então, ao longo da próxima primavera, tempestades associadas com ventos fortes, granizo, chuva intensa e altos volumes acumulados em intervalos de tempo muito curtos podem se tornar mais repetitivos”, analisa.
Segundo o último boletim do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs), coordenado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), no fim do trimestre entre julho e setembro, o El Niño atinge forte intensidade no Rio Grande do Sul, levando ao aumento da precipitação pluvial sobre todo o território, com volumes de chuva acima da média em todas as regiões.
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Esse documento é elaborado a cada três meses por especialistas em agrometeorologia de 15 entidades públicas estaduais e federais ligadas ao clima e à agricultura. As previsões apresentadas são baseadas no modelo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Na mesma linha, o boletim mais recente do Simagro aponta para o estabelecimento de um El Niño muito forte, levando a altos volumes de chuva sobre o Estado ao longo do segundo semestre.
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